Estas afirmações foram feitas pelo Presidente do Conselho Directivo do INE, João de Pina Cardoso, durante conferência de imprensa, em resposta do instituto na sequência de publicação de artigos do jornal A Nação e declarações do Presidente do PAICV.
Segundo explicou, recentemente o jornal A Nação, no seu número 936, de 7 de Agosto de 2025, publicou a alegação de que os técnicos do INE teriam acusado a própria instituição de manipulação de dados estatísticos. A mesma questão foi abordada pelo Presidente do PAICV, em declarações públicas.
“ Esta afirmação, seja por desconhecimento técnico ou má-fé deliberada, constitui uma afronta grave à credibilidade do INE e ao trabalho sério e competente dos profissionais que nele actuam”, apontou João de Pina Cardoso.
Para o responsável, o que ocorreu foi uma distorção de informações pela imprensa, sem verificação factual, que não reflectem a prática institucional.
Apontou que no caso do PIB de 2016, a imputação para a correcção do Valor Acrescentado Bruto (VAB) negativo, seguiu rigorosamente os guias nacionais e internacionais de contabilidade nacional, uma prática comum entre os países da Eurostat.
Sobre a acusação de manipulação dos dados do IV Inquérito às Despesas e Receitas Familiares (IDRF), disse que segue a mesma lógica e as informações estão disponíveis para consulta pública.
João de Pina Cardoso convidou os partidos políticos e entidades públicas no geral a visitarem o INE, a questionarem os seus técnicos capacitados na área e a informarem-se sobre os métodos de recolha de dados.
“Perguntem às instituições internacionais, Banco Mundial Fundo Monetário Internacional, Organização Internacional do Trabalho e Divisão de Estatísticas das Nações Unidas, sobre a credibilidade internacional do INE”, instou.