Cabo Verde é escolhido para ser o primeiro solo africano a receber a 4ª Conferência Internacional sobre as Línguas Portuguesa e Espanhola (CILPE), que deu arranque, esta terça-feira, 11, na UniCV sob tema “Multilinguismo, Interculturalidade, Cidadania", com foco no poder das línguas na geopolítica e os desafios colocados pela inteligência artificial.
A CILPE, conta com participação de mais de 70 especialistas e autoridades de 12 países, informou em nota da Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI).
Para a OEI, esta conferência é uma forma de reafirmar o papel estratégico de Cabo Verde como exemplo de interculturalidade e coexistência linguística, bem como ponte cultural entre África, América e Europa, estando situado no coração da região da Macaronésia.
Mariano Jabonero, Secretário-Geral da OEI, abriu oficialmente o encontro, defendeu o multilinguismo, a diversidade cultural, a ciência aberta e o uso ético e responsável da inteligência artificial, salientando que Cabo Verde “é um exemplo de democracia sólida, diálogo institucional e coexistência entre culturas”, valores que a OEI partilha e que também “são o espírito desta conferência”.
Por sua vez, Augusto Veiga, Ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, sublinhou que “o espanhol e o português são meios de inclusão e constroem pontes de entendimento” e sustentou que a diversidade linguística deve ser preservada e promovida, e não considerada um obstáculo.
A CILPE chega à África após ter sido realizada em Lisboa (2019), Brasília (2022) e Assunção, Paraguai (2023), coincidindo com o 50º aniversário da independência do país.
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