A delegação liderada pela secretária de Estado das Comunidades, Vanuza Barbosa, vai conduzir encontros com a comunidade cabo-verdiana residente em diferentes cidades, bem como sessões com estudantes do arquipélago em Lisboa, Coimbra, Porto e Bragança.
O objetivo é promover “momentos de diálogo direto e recolha de contributos essenciais para o processo de mapeamento em curso”, anunciou o Governo, em comunicado.
O inquérito principal do projeto foi lançado em julho com o propósito de conhecer os emigrantes, em 42 países, nos cinco continentes.
A partir das respostas, o Governo promete "políticas públicas mais justas, eficazes e inclusivas, que elevem o nível do diálogo bilateral com os países de acolhimento, valorizem os dividendos da presença migrante — económicos, sociais, culturais, humanos — e integrem plenamente a diáspora no esforço coletivo de desenvolvimento de Cabo Verde".
Estima-se que Estados Unidos, Portugal, Holanda, Luxemburgo e França sejam alguns dos países com maiores comunidades no exterior.
É a primeira vez que Cabo Verde realiza "uma operação estatística global, profunda e sistemática" desta natureza, "fora do território nacional", informou o Governo, um projeto que conta com apoios do Banco Mundial e da Organização Internacional das Migrações (OIM).
Ao Instituto Nacional de Estatística (INE) do arquipélago foi atribuído o papel de executar o projeto, prevendo-se a conclusão da operação no próximo ano.
As remessas dos emigrantes para Cabo Verde atingiram um recorde de 30,6 mil milhões de escudos (278 milhões de euros) em 2024, estimando-se que vivam fora do país 1,5 milhões de cabo-verdianos e descendentes, cerca do triplo da população residente no arquipélago, que ronda os 500 mil habitantes.
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