Câmara de São Miguel inicia remoção de algas tóxicas nas praias

PorAnilza Rocha,10 dez 2025 11:52

A Câmara Municipal de São Miguel informou a população que já iniciou o processo de remoção das algas migratórias, conhecidas por sargaço, que invadiram em grande quantidade as praias do município na semana passada.

A edilidade garantiu, hoje, que irá chegar paulatinamente a cada uma das praias atingidas pelo fenómeno natural.

Além disso, alertou a toda a comunidade, em especial pescadores e banhistas, para os perigos do contacto com estas algas, apelando a medidas de protecção individual, como o uso de máscaras, uma vez que a sua decomposição liberta gases tóxicos com odor forte, que podem causar irritação na pele, nariz, olhos e garganta.

O fenómeno afectou zonas costeiras das ilhas de Santiago e Maio, nomeadamente as praias de Moia Moia, Praia Baixo, Baía, Porto Lobo, Achada Baleia, Calheta São Miguel e Barreiro do Maio.

Em comunicado emitido no domingo, 7, o Ministério da Agricultura e Ambiente esclareceu que, embora o contacto com as algas na água não seja perigoso para os humanos, a sua acumulação e decomposição junto à costa pode representar riscos para pessoas, animais e o ambiente. A exposição prolongada pode causar sintomas mais graves, como náuseas, dores de cabeça, vertigens, confusão e perda de memória.

A população em geral, assim como pescadores e banhistas, deve adoptar as seguintes medidas de segurança:

  • Evitar tocar ou nadar perto de grandes manchas de sargaço.
  • Utilizar luvas e botas se o contacto for inevitável.
  • Afastar-se de zonas com decomposição significativa caso surja irritação ou dificuldade respiratória.
  • Procurar assistência médica se apresentar sintomas graves ou persistentes.
  • Manter os animais (cabras, vacas, outros) afastados das acumulações de algas.
  • Lavar bem com água e sabão caso haja contacto com o sargaço.
  • Quem vive próximo da costa afectada deve manter janelas e portas fechadas para reduzir a exposição ao cheiro semelhante a “ovo podre” (gás sulfureto de hidrogénio).
  • Crianças, idosos, grávidas e pessoas com problemas de saúde preexistentes (especialmente asma ou doenças respiratórias crónicas) são mais sensíveis aos efeitos do gás e devem ter cuidados redobrados ou evitar completamente as áreas afectadas.
Concorda? Discorda? Dê-nos a sua opinião. Comente ou partilhe este artigo.

Autoria:Anilza Rocha,10 dez 2025 11:52

Editado porSara Almeida  em  11 dez 2025 9:17

pub.
pub
pub.

Últimas no site

    Últimas na secção

      Populares na secção

        Populares no site

          pub.