Sem avançar a data exacta, o vice-presidente do MpD, Olavo Correia afirmou, esta segunda-feira em conferência de imprensa, que caso o Governo não implemente as reformas necessárias que o país carece, o seu partido vai avançar com propostas legislativas.
Face aos grandes desafios que o país tem pela frente urge uma tomada de medidas entre os decisores políticos, passando pelo diálogo ou um pacto. Algo que é reconhecido tanto pelo Governo e pela oposição, ou seja, um diálogo que os dois maiores partidos tanto falam e que a sociedade cabo-verdiana tanto almeja, mas que não tem passado de demagogia política.
O vice-presidente dos democratas realçou que o MpD já apresentou um conjunto de medidas e está a procura de consensos, mas avançou que caso o Governo não assuma, o MpD assumirá as suas responsabilidades e avançará com propostas legislativas sobre várias matérias nomeadamente as das reformas estruturais da economia nacional e outras que visam a melhoria da perfomance da economia cabo-verdiana.
As propostas legislativas ainda não têm data de apresentação, entretanto o vice-presidente do maior partido da oposição afiançou que a agenda vai ser estabelecida em concerto com todos os seus órgãos. “Oportunamente a opinião pública saberá desta agenda, disse, mas sim indicar uma data precisa”.
Avançar com propostas legislativas é uma das hipóteses, doravante o mais natural e historial perante os desafios do país, era se todos os partidos com assento parlamentar, principalmente os do arco do poder se entendessem a volta do núcleo essencial das reformas da economia nacional. “A melhor metodologia seria um compromisso de Regime entre os partidos. Este sim seria o caminho mais adequado para fazer face a estas questões”, frisou Olavo Correia.
Olavo Correia apontou que os riscos soberanos e do país têm estado a agravar-se e que as consequências são visíveis dia após dia.
“As consequências nefastas do aprofundamento dos desequilíbrios macroeconómicos e da consequente deterioração do risco país sobre o financiamento da economia, o crescimento económico, o emprego e a qualidade de vida dos cabo-verdianos, são evidentes”.
O vice-presidente do MpD disse taxativamente que o seu partido não quer, de forma alguma, cavalgar essas consequências negativas.
Um país onde, segundo o MpD, o enquadramento externo e interno são desfavoráveis, com donativos em queda crescente, redução evidente do espaço orçamental, quebra significativa da qualidade da certeira dos activos dos bancos, quebra significativa da qualidade da certeira dos activos dos bancos, quebra significativa da qualidade da carteira dos activos dos bancos, é chegada a hora de soluções coerentes que mudando a rota da economia nacional.
Olavo Correia criticou o Governo de criar e engavetar instrumentos importantes como Fundo de Garantia Mútua, Centro Internacional de Negócios e o Fundo de Internacionalizaçâo das Empresas. “Criados em 2010 e 2011 e já se aproxima o ano de 2014 e nenhum deles ainda funciona. Ou porque são fundos sem fundo ou porque falta a regulamentação. É tudo muito grave”.
O MpD salientou que o Secretário-geral do PAICV “não pode continuar a jogar a bola para fora do campo, qualificando tudo e todos com discursos redondos”.
Olavo Correia chamou a atenção do seu rival político dizendo-lhe que o que todos querem saber é o que pensa o PAICV sobre as propostas concretas do MpD. Medidas que ao seu ver visam reduzir o risco do país e colocar Cabo Verde na rota do crescimento económico e do aumento do rendimento disponível para as famílias e as empresas.