O vice-presidente do MpD, Olavo Correia assegura que a manifestação agendada pela UNTC-cs para 20 de Janeiro de 2014, mostra claramente que o Governo está sozinho.
Enquanto o Governo realça que esta greve não tem razão de ser, para o MpD a manifestação é legítima e diz claramente que não há envolvimento de parceiros sociais nas tomadas de decisão, ou seja, o Governo tem agido de forma unilateral, pondo em risco a economia nacional.
A aprovação do Orçamento do Estado para 2014 sem apoio da oposição, dos sindicatos e das associações empresariais é uma das provas apontadas por Olavo Correia, como sinal do isolamento do Governo. “Não é possível conseguir resultados positivos em relação à economia e a sociedade num enquadramento onde o Governo actua sozinho”.
Para o vice-presidente do MpD é preciso uma mudança de atitude por parte do Governo. Um Executivo que a seu ver deve ser mais envolvente e mais dialogante.
Olavo Correia vai mais além e acrescenta “ o Governo deve ser da República e não do PAICV”.
Conforma o vice-presidente do maior partido da oposição, sempre que houver acordo entre os principais actores sociais e políticos em relação as necessidades das reformas os resultados são melhores. “É preciso que os partidos políticos, os sindicatos, as associações empresariais desenvolvam um quadro preciso a médio e longo prazo, em relação àquilo que tem que ser feito, os custos que têm que ser assumidos, de forma a romper com o ciclo vicioso de fraco crescimento, de redução do emprego e aumento da pobreza”.
Olavo Correia disse que não se deve fazer apenas acordo de intenção, sem metas e sem objectivos e sem compromissos sérios a serem cumpridos de parte a parte. “No esforço de melhorar a performance da economia cabo-verdiana é necessário o envolvimento de todos os actores sociais, nomeadamente dos sindicatos que são parceiros fundamentais na melhoria do ambiente económico”.
O MpD diz estar preocupado com as políticas económicas dotadas pelo Governo, e mostra a sua abertura para trabalhar com o Executivo para reverter a situação económica do país, e aumentar o seu rating.