MpD refugia-se nos erros dos manuais produzidos pelo governo do PAICV

PorNuno Andrade Ferreira,3 out 2017 15:00

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O Movimento para a Democracia (MpD) reagiu hoje à polémica em torno dos novos manuais escolares. Confrontado com críticas generalizadas aos livros introduzidos este ano, o partido que sustenta o governo prefere olhar para trás e apontar os erros dos manuais publicados no tempo do PAICV. 

O Movimento para a Democracia (MpD) reagiu hoje à polémica em torno dos novos manuais escolares. Confrontado com críticas generalizadas aos livros introduzidos este ano, o partido que sustenta o governo prefere olhar para trás e apontar os erros dos manuais publicados no tempo do PAICV. 

 

Através do secretário-geral, Miguel Monteiro, o MpD diz que os livros mais antigos, ainda em uso, têm vários erros e que nunca houve "esta celeuma".

No mesmo registo, Monteiro recupera uma estratégia que o partido no poder usou há alguns meses, para comentar a manifestação do 5 de Julho, em São Vicente. Acredita o dirigente ventoinha que as pessoas falam agora porque se sentem "mais livres para opinar". 

"É de louvar que hoje, com o actual Governo do MpD, as pessoas estejam a escrutinar mais as acções da governação e estejam a sentir-se mais livres para opinar, manifestarem-se, sem medo de represálias, o que não acontecia antes", regista. 

Sobre uma possível recolha dos livros - produzidos com o apoio, "a título gratuito", de técnicos suecos - Miguel Monteiro nega essa hipótese porque, acrescenta, isso significaria "voltar ao sistema anterior". 

"Voltar aos manuais anteriores significa manter o quadro de dificuldades de aprendizagem de matemática", acredita.

Enquanto defende os manuais da discórdia, o secretário-geral do partido da maioria reconhece "preocupações legítimas" sobre a qualidade dos mesmos, mas não deixa passar em claro aquilo que define como críticas "de natureza politiqueira". No fim, repete uma ideia já defendida pelo Primeiro-Ministro, no Facebook: "focar nos erros, falhas e gralhas (...) não é a melhor postura para um país que necessita sair da fase de sobrevivência". 

Deste o fim-de-semana que vários livros escolares, de vários níveis ensino, têm estado sob apertado escrutínio de pais e encarregados de educação, a partir do momento em que começaram a ser detectados erros diversos, de simples gralhas de digitação, a problemas científicos e pedagógicos. O pior caso é o manual de matemática do primeiro ano, com o primeiro erro logo na capa, onde se lê "matimática" ao invés de "matemática".

O ano lectivo arrancou com um novo plano curricular para o ensino básico, com novos manuais, novos cadernos de exercícios, manuais de professores e CD.

 

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Autoria:Nuno Andrade Ferreira,3 out 2017 15:00

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  4 out 2017 10:05

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