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O financiamento do programa de emergência para mitigação dos efeitos do mau ano agrícola já está garantido. Os recursos foram mobilizados junto do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), da União Europeia (EU) e do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), disse o Governo.
A garantia foi dada esta segunda-feira, no parlamento, pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, durante a apresentação da proposta de Orçamento de Estado (OE) para 2018.
O montante, segundo o chefe do Governo, pode ultrapassar os 10 milhões de euros.
“Recursos para o financiamento do programa de mitigação dos efeitos do mau ano agrícola já foram mobilizados. Compromissos firmes de parceiros como a União Europeia, o BAD, FAO e outros bilaterais poderão ultrapassar os 10 milhões de euros”, assegura.
O Governo quer ir mais longe. Segundo Ulisses Correia e Silva, o executivo está a trabalhar numa proposta de criação de instrumentos e de mecanismos para fazer face a choques externos no quadro das vulnerabilidades ambientais e económicas de pequenos estados insulares.
“Estamos a trabalhar no sentido de apresentarmos, brevemente ao sistema das Nações Unidas, a União Europeia, ao Banco Mundial ao BAD um programa estruturado para permitir com que Cabo Verde, no quadro de pequenos Estados insulares faça frente a choques externos futuros que seguramente acontecerão em Cabo Verse”, diz.
Por agora, o Governo anuncia a disponibilidade da Hungria, do Brasil e do Banco Africano de Desenvolvimento em disponibilizar linhas de crédito “em condições muito favoráveis” para ajudar Cabo Verde na modernização da agricultura, mobilização de água e criação de gado.
Só a Hungria, de acordo com Correia e Silva, já disponibilizou 33 milhões de euros para investimentos na modernização da agricultura, implicando novas soluções de mobilização e uso de água para rega, ordenamento da produção agrícola e pecuária, aumento da produtividade e orientação para o mercado, através da certificação e distribuição de produtos.
Segundo o primeiro-ministro, no mesmo sentido, está-se a trabalhar para reduzir as vulnerabilidades do país face a situações que exigem a intervenção da protecção civil, emergência médico relacionada com as evacuações inter-ilhas e na vigilância marítima.
