José Maria Neves critica ausência de novos dados sobre negócios públicos

PorAndré Amaral,5 dez 2017 18:21

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Antigo primeiro-ministro diz que debate parlamentar não trouxe novidades sobre os “negócios públicos em curso”.

 

Os debates no Parlamento não produziram “mais dados sobre os negócios públicos em curso”, defendeu José Maria Neves num texto publicado no Facebook. Para o antigo primeiro-ministro “sem justificativa fundamentada das políticas públicas não pode haver transparência. Se permanecermos nessa linha, continuaremos pela certa a descer no ranking da boa governação. Em democracia, o poder é limitado e exige-se conformidade, prestação de contas, sentido de justiça e do bem comum e transparência. Tudo o que tem faltado”.

Outra crítica. A não apresentação do Orçamento do Estado para 2018 aos parceiros sociais. “Nem sequer é ouvido o Conselho de Concertação Social, mas o OE é posto a debate público, desde que ninguém critique ou apresente ideias alternativas. São eles e só eles, os novos donos do poder, os detentores únicos do saber, podendo, por isso, assumir-se como os lídimos intérpretes do interesse público. Para quem não tem ideias e fica por expressões descontextualizadas, parece-me que há quem esteja, rapidamente, a alfabetizar-se, lendo, ou melhor, decorando livros de citações, o debate é impossível”.

Quanto à discussão do Orçamento do Estado no parlamento, o antigo primeiro-ministro confessa que esperava “um debate fundamentado a propósito da política de industrialização pela via da substituição de importações em detrimento de acções catalisadoras da competitividade. Afinal, qual a estratégia?: melhorar a competitividade e o ambiente de negócios e promover as exportações ou substituir as importações? As medidas em curso podem trazer resultados eleitorais a curto prazo, mas comprometem irremediavelmente o futuro”. E reforça: “Fica-me também a impressão da desorçamentação de um conjunto de despesas públicas, o que pode redundar, no futuro, em dívidas ocultas (ou fora do perímetro, como sói dizer-se agora), com consequências gravosas para a consolidação orçamental e para o tecido empresarial privado”.

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Autoria:André Amaral,5 dez 2017 18:21

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  6 dez 2017 11:35

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