Segundo o governante, que se escusou a entrar em pormenores técnicos, o que há é um sistema nacional de orientação técnica das aeronaves.
“O sistema por satélite que beneficia São Vicente e Boa Vista, em particular, é um sistema nacional que não é instalado fisicamente em nenhum aeroporto, é um sistema de procedimentos de navegação, de orientação técnica das aeronaves que operam neste sentido”, afirmou.
Ciclicamente, a baixa visibilidade causada pela bruma seca que afecta todo o território nacional, condiciona as ligações aéreas, sobretudo para a ilha de São Vicente, com cancelamentos ou atrasos de várias horas nos voos.
José Gonçalves, contrariando aquilo que anunciara noutras ocasiões, admitiu esta manhã que ainda não existe solução para as consequências da bruma seca no aeroporto Cesária Évora, acrescentando que o governo está a trabalhar com a ASA para encontrar alternativas.
“Não é uma solução que se implementa num ano só, porque poderá implicar grandes investimentos mas vamos procurar uma solução para evitar, realmente, este tipo de constrangimentos”, justificou à Rádio Morabeza.
No ano passado, José Gonçalves, dizia aos jornalistas: “a solução está numa fase de simulação e logo depois há uma fase de voos experimentais para testar o equipamento por via satélite”, dizia José Gonçalves, assegurando que em 2017 não será “por razões de bruma seca que deixará de haver voos para São Vicente e Boa Vista”.
Em Junho deste ano, o ministro anunciou, no Mindelo, que o sistema de procedimentos de navegação com base em satélite (GNSS) já se encontrava instalado no Aeroporto Cesária Évora. Na ocasião, o ministro da Economia repetiu que, doravante a bruma seca não impediria voos para ilha.