O diploma de exoneração de Francisco Tavares, publicado no Boletim Oficial nº 1, I Série, de 8 de Janeiro, assinado pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, limita-se a dizer que tomou a decisão sob proposta do Governo de Ulisses Correia e Silva.
Em Julho de 2020, Francisco Tavares, antigo presidente da Câmara Municipal de Santa Catarina, foi nomeado embaixador de Cabo Verde na Nigéria. Seis meses depois, o Governo decidiu substituir Francisco Tavares por outro embaixador a designar, com o ministro dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Luís Filipe Tavares, a explicar que a decisão tem a ver com as dinâmicas negociais por causa da implementação e a integração dos membros da Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) na Área de Livre Comércio Continental Africana, que entrou em vigor no primeiro dia deste ano.
Luís Filipe Tavares, em conferência de imprensa, esta quarta-feira, explicou que, por uma “questão de estratégia”, o embaixador para Abuja vai ser um “diplomata de carreira e experiente”.
Ainda segundo Luís Filipe Tavares, outro motivo para esta mudança tem a ver com a necessidade de ajustar a “estratégia política para a integração regional de Cabo Verde na Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e, consequentemente, na grande zona de comercio continental, que entrou e vigor em Janeiro”.
Para o ministro, o Governo, ao optar por um diplomata de carreira para a capital nigeriana, tem como objectivo “defender melhor” a condição de Cabo Verde, enquanto “pequeno país arquipelágico, insular e com um mercado muito reduzido”.