Para o governante, o desenvolvimento sustentável exige ainda “escolha e priorização” e, também, definição dos aceleradores e, no caso de Cabo Verde, a convergência de todas as ilhas.
“Em 2020, em plena pandemia, realizamos o exercício Cabo Verde Ambição 2030, que resultou na agenda estratégica do desenvolvimento sustentável de Cabo Verde para realizar os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS)", afirmou Olavo Correia.
O vice-primeiro-ministro fez estas considerações no acto de abertura da Conferência Nacional sobre o Desenvolvimento, a primeira de uma série de quatro que precedem o processo de elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento Sustentável (PEDS).
O governante acrescentou que o Governo continuará a aprofundar o diálogo com os actores nacionais e os parceiros, além de “promover o conhecimento e o debate permanente sobre os desafios, as soluções, as opções e as prioridades”.
“Vamos apresentar à Assembleia Nacional uma proposta de lei que cria o mecanismo de coordenação de implementação dos ODS em Cabo Verde”, anunciou.
Segundo Olavo Correia, nos últimos cinco anos o executivo reduziu a pobreza absoluta de 35,2% para 26,0% em 2019, o “maior ganho de todos os tempos”.
“Infelizmente, perdemos dois terços deste progresso com a pandemia e a pobreza subiu para cerca de 31,6%”, lamentou, indicando que se registou uma “forte redução” das desigualdades, resultado das apostas “na descentralização, na territorialização das políticas públicas, inclusão social, no desenvolvimento regional e na boa governação”.
“Cabo Verde é hoje o primeiro país da CEDEAO em matéria do índice do desenvolvimento sustentável e ocupamos o quinto lugar em África”, lançou o ministro das Finanças.
Olavo Correia salientou ainda que em cinco anos os progressos do país em matéria do desenvolvimento sustentável resultaram de acções de todos e de cada um dos actores, “cumprindo de forma responsável e empenhada a sua missão”.
“Cabo Verde não falhou com os ODM e, seguramente, não falhará com os ODS”, garantiu, acrescentando que os desafios de desenvolvimento sustentável são de todos.
De 2016 a 2021, frisou Olavo Correia, as despesas para o Estado social passaram de 21 milhões de contos para cerca de 41 milhões de contos, “um aumento de mais de 70%”
“Nunca na história de Cabo Verde houve uma dimensão do Estado social em tão pouco tempo com esta amplitude”, admitiu o governante, concluindo que não é por acaso que o País está a dar um “grande combate à pandemia”.
A Conferência Nacional sobre o Desenvolvimento é realizada em parceria com as Nações Unidas.