Ulisses Correia e Silva discursava durante Cimeira dos Líderes Mundiais, na COP26, onde também defendeu políticas públicas, investimentos e empoderamento tecnológico para a adaptação às alterações climáticas, transição justa e aumento de resiliência.
O Primeiro-ministro referiu que convergente com a posição do Grupo Africano e da AOSIS, o país defende a concretização do financiamento climático e criação de condições para a sua exequibilidade e acesso e consideração das vulnerabilidades e especificidades dos Pequenos Estados insulares em desenvolvimento (SIDS- sigla em inglês) nos critérios de financiamento climático.
“As nossas NDC estão atualizadas e aprovadas, com o compromisso de reduzir as emissões em 38% até 2030 e atingir a neutralidade carbónica em 2050. Partindo dos actuais 20%, pretendemos em 2030, ter mais de 50% de penetração de energias renováveis, acompanhado do aumento da eficiência energética”, disse.
Correia e Silva lembrou que Cabo Verde foi o primeiro país africano a aderir à Aliança para Descarbonização dos Transportes e que até 2030 deve substituir 25% da frota de veículos térmicos por veículos eléctricos e atingir 100% em 2050.
Na agricultura, mencionou o investimento na dessalinização da água salobra e do mar, reutilização segura de águas residuais tratadas, massificação da rega gota-a-gota, associadas às energias renováveis.
“Os desafios das mudanças climáticas exigem compromissos colectivos e acção. Exigem muito mais do grupo restrito de países do G20 que podem fazer diferença com eficácia. As Pope Francis said, it is “time to act, and to act together”. Por último, é preciso erradicar a pobreza extrema que afecta milhões de pessoas no mundo porque ela não facilita a massificação de práticas e atitudes a favor do clima e a favor do ambiente”, finalizou.