Secretária de Estado reconhece que houve um crescimento das vulnerabilidades sociais em Cabo Verde

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,24 jan 2022 14:22

A secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Miryan Vieira, reconheceu hoje, na Praia, que houve um crescimento das vulnerabilidades sociais em Cabo Verde, sobretudo com a pandemia da covid-19 que se está a enfrentar.

A governante falava em declarações à imprensa, depois da cerimónia de abertura do retiro da equipa das Nações Unidas em Cabo Verde, a decorrer hoje e terça-feira, e que irá lançar o processo do novo Quadro de Cooperação das Nações Unidas com o País para quinquénio 2023-2027.

Segundo Miryan Vieira, as prioridades definidas pelo Governo, através do programa de governação e do próprio Plano Estratégico do Desenvolvimento Sustentável (PEDS), irão coincidir com o período horizontal do novo Quadro de Cooperação das Nações Unidas com o País, tendo definido alguns pontos para o cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como o desenvolvimento das capacidades do capital humano, fomentar a economia digital, a economia azul e fazer aposta nas energias renováveis.

“A acção climática também vai ser uma prioridade neste próximo programa de cooperação, bem como a erradicação da pobreza em todas as suas dimensões, inclusão e desenvolvimento social, atendendo às necessidades das pessoas mais vulneráveis, como crianças, jovens no desemprego, mulheres, raparigas e idosas. O leque da população alvo será bem maior, considerando que houve algum crescimento das vulnerabilidades sociais, sobretudo com a actual pandemia que estamos a vivenciar”, admitiu.

Para intensificar e imprimir algum grau de mudança de paradigma nessa cooperação com o Sistema das Nações Unidas, a secretária de Estado considerou que “mais do que pensar no montante a ser alocado, é ver como é que o montante a ser alocado vai ser empregue para dar respostas às reais necessidades de desenvolvimento de Cabo Verde”.

Uma primeira mudança de paradigma seria, no seu entender, continuar a implementação da reforma das Nações Unidas que pretende, basicamente, incrementar a eficácia da sua actuação no seu todo, desenvolvendo as acções como o sistema, em que os princípios da eficácia da ajuda, como apropriação, a liderança dos países, a harmonização entre os parceiros, a gestão para os resultados e a responsabilidade mútua serão princípios que devem ser observados na actuação do Sistema das Nações Unidas e na parceria que irão desenvolver com instituições nacionais.

“Estamos num momento de incertezas, nada é definido, mas o Governo, firmemente, já traçou as prioridades e vamos fazer todos os esforços possíveis, juntamente com os nossos parceiros de desenvolvimento, para também contornar os efeitos da crise sanitária provocada pela pandemia da covid-19, que tem dimensões multifacetadas”, sublinhou.

O encontro de dois dias é co-presidido pela secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Miryan Vieira, e pela coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas em Cabo Verde, Ana Graça, e irá lançar as bases e o processo para o novo quadro de cooperação que deverá ser assinado em Setembro deste ano, por isso, as verbas a serem disponibilizadas ainda não são avançadas.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,24 jan 2022 14:22

Editado porAndre Amaral  em  24 jan 2022 16:12

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