Em comunicado, o executivo liderado por Ulisses Correia e Silva refere que a visita do homólogo são-tomense, acompanhado de três ministros, vai decorrer de 28 a 30 de Março e surge no “quadro do reforço e aprofundamento dos laços históricos” entre os dois povos.
“A presente visita vem na sequência da visita oficial do chefe do Governo de Cabo Verde a São Tomé e Príncipe, em Setembro de 2021, constituindo um dos marcos indeléveis na construção da já anunciada parceria estratégica que ambos os Estados pretendem erigir, assente num passado histórico comum e num diálogo político renovado de amizade, bem como numa parceria económica e empresarial mutuamente vantajosa”, lê-se no comunicado.
Para segunda-feira está prevista uma reunião entre os primeiros-ministros dos dois países, no Palácio do Governo, na Praia, seguida da assinatura de documentos finais da comissão mista e de uma conferência de imprensa conjunta.
A comitiva do chefe do Governo de São Tomé e Príncipe integra, entre outros elementos, os ministros dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Edite Ramos da Costa, da Presidência do Conselho de Ministros, Novas Tecnologias e Assuntos Parlamentares, Wuando Borges Castro de Andrade, e da Educação e Ensino Destinatário, Julieta Isidro Rodrigues.
Durante a visita, Jorge Bom Jesus vai ainda deslocar-se à ilha do Sal e manterá um encontro com a comunidade são-tomense residente na Praia, além de visitar o Presidente da República, José Maria Neves, e o presidente da Assembleia Nacional, Austelino Correia.
O parlamento ratificou sexta-feira, por unanimidade, o acordo com São Tomé e Príncipe para isenção recíproca de vistos em passaportes, para períodos de até 60 dias por entrada, assinado em Julho de 2019 pelos dois governos.
Segundo a proposta de resolução com o teor do acordo, que o Governo cabo-verdiano aprovou em Conselho de Ministros em Novembro de 2021, o mesmo visa a “facilitação do intercâmbio” entre os dois povos, “com vantagens mútuas para ambos”.
O documento recorda a “existência de uma expressiva comunidade cabo-verdiana e descendentes em São Tomé e Príncipe” e que os dois povos “possuem uma longa e profunda relação de amizade e cooperação”, que “remetem a períodos que antecedem a própria independência dos dois Estados”.
O acordo visa, “essencialmente, facilitar as deslocações dos cidadãos de uma das partes ao território da outra parte por um período de permanência que não exceda os 60 dias a cada entrada, e 120 dias durante o ano civil, em viagens de turismo, visita e negócios”, acrescenta-se na proposta de resolução.
Segundo dados do Governo de São Tomé e Príncipe, dos cerca de 220 mil habitantes do país, 40 mil são de origem cabo-verdiana.