Abraão Vicente, que falava na abertura do evento na manhã de hoje, num dos hotéis da cidade do Mindelo, explicou que a reunião serve para se pensar dentro dos planos de actividades e de acção, para se debater as “zonas sombras”, que “até agora não se está a conseguir ver”.
“O objectivo e a missão principal é encontrar os aceleradores do sector, como podemos responder e contribuir para o objectivo maior de Cabo Verde que é o crescimento, o desenvolvimento sustentável, a criação de emprego e por último a felicidade”, afiançou.
O ministro, voltando-se para a sua equipa, disse ser preciso que estes trabalhem “não para fazerem o melhor que podem fazer, mas sim o melhor que pode ser feito”, duas perspectivas, nas quais, acredita, existe uma “diferença colossal”.
“Isso significa que teremos de fazer uma análise a cada uma das instituições para percebermos se estamos a cumprir os nossos estatutos, os nossos planos de actividades e a missão com que as nossas instituições foram criadas”, sublinhou.
Neste sentido, segundo a mesma fonte, a aposta nos recursos humanos “não pode ser apenas um slogan”, sendo preciso investir em mais quadros e “colmatar” as deficiências do sector.
Abraão Vicente assegurou não ser esse um discurso motivacional, mas de “recentragem” do ministério, que deverá “melhorar o foco” passando pelas diferentes áreas, desde a concessão dos transportes marítimos, pesca, energias, aquacultura e investigação.
Tudo isso, segundo o ministro, para transformar o Ministério do Mar, num “sector económico de verdade”.
Colocando enfâse sobre a questão da concessão dos transportes marítimos, que tem gerado alguma polémica, Abraão Vicente lembrou que a Cabo Verde Interilhas não é uma empresa estrangeira e tem também como sócios empresários cabo-verdianos, que “devem assumir a sua responsabilidade”.
Passando revista à situação de outras áreas, entre as energias renováveis e aquacultura, o governante assegurou que a pretensão do conselho é ouvir cada um dos sectores e depois criar um `brainstorming´ (debate de ideais, em português) para “encontrar caminhos que nem o programa do Governo e do ministério incluiu, mas, que como país se deve incluir no plano de acção”.
“Como um sector que quer no horizonte 2026 dar um contributo e mostrar a sua consolidação não só institucional, mas, como sector económico para o desenvolvimento de Cabo Verde”, lançou Abraão Vicente, colocando entre os objectivos efectivar a Zona Económica Especial Marítima de São Vicente (ZEEMSV).
Participam do encontro, no Mindelo, os conselhos de administração e directivos das instituições tuteladas, ainda empresas participadas do Estado, directores executivos, directora de gabinete, gestores dos fundos autónomos e assessores do ministro.