Na resolução nº 11/2023 de 20 de Fevereiro, publicado no Boletim Oficial, o Governo justifica a decisão com a necessidade de fazer ajustes tendo em consideração a execução do Orçamento de Estado para 2022, em que se verificou a reprogramação da execução de alguns projectos, bem como a necessidade de garantir a liquidação de algumas dívidas.
“Tornar-se assim necessário proceder aos devidos ajustamentos e alterações orçamentais em carácter de urgência face aos compromissos assumidos para a realização das actividades náuticas – Ocean Race nos termos da lei,” refere o documento.
Cabo Verde recebeu pela primeira vez a passagem da regata The Ocean Race de 20 e 25 de Janeiro, no Porto do Mindelo.
De acordo com o executivo, esta actividade posiciona-se como um dos melhores eventos de interesse mundial, que defende a protecção e a sustentabilidade dos oceanos, conjuntamente com outras organizações internacionais.
“A presença da regata The Ocean Race em Cabo Verde representa assim o reconhecimento da forte tradição marítima do nosso país, bem como um enorme voto de confiança no projecto de desenvolvimento sustentável que o Governo tem vindo a implementar desde 2016”, sustenta.
O executivo espera que a regata The Ocean Race contribua significativamente para o desenvolvimento da referida aposta no oceano.
“Representou o reconhecimento mundial da confiança e da credibilidade que hoje Cabo Verde granjeou, bem como da crescente capacidade organizativa de eventos internacionais em Cabo Verde e ainda a capacidade de atractividade do país”, acrescenta.
Por outro, considera que foi uma oportunidade de mostrar ao mundo um Cabo Verde como plataforma da economia marítima, turística e de organização de grandes eventos desportivos, permitindo assim valorizar a posição estratégica de Cabo Verde no Médio Atlântico.
Segundo a estimativa apresentada pelo ministro do Mar, Abraão Vicente, no parlamento, a passagem da Ocean Race pela ilha São Vicente gerou um impacto directo de mais de 70 milhões de escudos na economia.