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“É uma grande distinção para Cabo Verde acolher a primeira Cimeira das Forças Marítimas Africanas e com a presença do secretário da Marinha americana, o que aumenta ainda mais o nível dessa distinção”, enfatizou Ulisses Correia e Silva, à margem da Reunião das Forças Marítimas Africanas (AMFS).
O chefe do Governo disse esperar sair dessa Cimeira, que decorrerá durante três dias, 20 a 22, na ilha turística, “compromissos fortes”, entre o conjunto de países africanos participantes no evento.
“Esperamos que saiam compromissos fortes desta cimeira… não é só Cabo Verde, é Cabo Verde e um conjunto de países africanos. Todos nós temos o mesmo interesse de estarmos num mundo cada vez mais seguro e protegido, e ao mesmo tempo termos a responsabilidade de contribuir para esse mundo”, exteriorizou.
Considerando que nenhum país, sozinho, consegue resolver os seus problemas de segurança, mesmo os Estados Unidos, conforme referiu Ulisses Correia e Silva, nesse sentido, é preciso a participação de “todos”.
“Por exemplo, o caso da segurança marítima, mas a defesa relativamente à protecção dos recursos, também valores comuns que devem ser cada vez mais partilhados, da defesa da democracia, boa governança, do respeito pela soberania dos outros países, nomeadamente das suas fronteiras, dos seus territórios (…), estes são elementos fundamentais que o mundo precisa cada vez mais”, sublinhou, esclarecendo, que é dentro deste contexto que a relação entre os países se estabelecem.
A nível da segurança marítima em Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, disse que é preciso melhorar ainda mais, e reduzir as vulnerabilidades com mais meios operacionais, quer aéreos quer marítimos e tecnológicos.
Para o secretário da Marinha norte-americana, Carlos del Toro, a realização desta reunião demonstra o engajamento dos Estados Unidos em ajudar os seus parceiros africanos no combate a ameaças comuns.
“É uma honra estar aqui enquanto representante do Presidente Biden e enquanto representante da Marinha dos Estados Unidos. Isso mostra que estamos empenhados em trabalhar com nossos parceiros africanos em todo o continente e em especial com Cabo Verde para que juntos possamos combater as ameaças que são comuns a todas as nações, nomeadamente a pirataria, a pesca ilegal, o crime organizado, entre outros”, manifestou Del Toro.
Segundo o responsável da Marinha dos Estados Unidos, esta cimeira que considera “histórica” vai permitir um trabalho conjunto, de modo a se entender melhor os desafios.
“E, colectivamente, possamos obter a tecnologia e conceber as operações necessárias para enfrentar estas ameaças, juntos e mais fortes”, concluiu.
Participam nesta cimeira mais de 80 delegados e chefes internacionais de marinhas, guardas costeiras e infantarias navais de 38 países, incluindo Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.
Durante estes três dias de trabalho, a cimeira coloca ênfase no nível estratégico e incluirá sessões plenárias onde serão analisados os desafios comuns de segurança marítima em África, sendo que os grupos de trabalho regionais e demonstrações de treinamento a bordo serão realizados por marinheiros dos EUA e Cabo Verde.
