A afirmação foi feita no discurso de encerramento do terceiro ciclo de debate social alargado inserido no Acordo de Concertação Estratégica (ACE) – 2023-2026, que reuniu o Governo e os parceiros sociais, para a discussão das linhas orientadoras para o desenvolvimento consensual de Cabo Verde.
Por isso, avançou Ulisses Correia Silva, no Conselho de Concertação Social, a ser convocada depois deste terceiro ciclo de debate social, vão ser ouvidas as contribuições dos parceiros numa abordagem mais alargada, tendo sobre a mesa políticas de recuperação, de reforma para aumentar a produtividade e a competitividade, do código laboral, da segurança social, da fiscalidade e do estado da pobreza.
“A Concertação Social é importante porque tem lá as representações do Governo, dos sindicatos e das entidades patronais”, notou Ulisses Correia e Silva, advertindo que mesmo que a missão de cada um possa ser contraditória tem de haver um compromisso maior “que é o desenvolvimento do País”.
Neste sentido, apontou que, desde 2016, se traçou o objectivo de tornar Cabo Verde um País menos dependente de donativos, de financiamentos via empréstimos externos, de remessas dos emigrantes e distribuição de rendimentos.
Para isso, segundo o primeiro-ministro, é preciso mais produtividade, competitividade, mais qualidade na gestão, mais qualificações, mais produção e mais exportações.
“Este é o caminho que nos conduzirá, de uma forma consistente, para atingir os objectivos de reduzir, para nível baixo, o desemprego, eliminar a pobreza extrema e melhorar a qualidade de vida dos cabo-verdianos”, indicou Ulisses Correia e Silva, considerando que o Conselho de Concertação Social é importante nestas escolhas.
Neste quarto ciclo de debates, inserido no Acordo de Concertação Estratégica (ACE) – 2023-2026, se versou sobre a agricultura, a vulnerabilidade alimentar, medidas de mitigação da guerra na Ucrânia, gestão dos custos impostos pela pandemia da covid-19 e pelas alterações climáticas e valorização dos salários versus a competitividade.