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Estas declarações foram feitas ao presidir a abertura do primeiro curso de promoção a capitão que iniciou hoje, no Centro de Estado-Maior das Forças Armadas, na Cidade da Praia, em cooperação com Portugal.
“Se antes os nossos militares para se capacitarem no posto de capitão teriam que se deslocar ao exterior, hoje consegue-se realizar a formação aqui em Cabo Verde garantindo acesso ao mesmo nível de conteúdo que teriam lá fora”, salientou.
Uma outra grande vantagem, apontou Janine Lélis, tem a ver com o número de militares beneficiados uma vez que antes as vagas disponibilizadas abrangiam uma percentagem menor, pelo que espera com isso, que saibam aproveitar e que tragam bons resultados, no cumprimento das suas missões.
“Esta oportunidade que foi trabalhada e criada demonstra a aposta que estamos a fazer na capacitação dos militares e nas Forças Armadas para que possam aumentar ainda mais a capacidade de resposta e de acção”, afirmou, manifestando-se ciente de que mais do que meios materiais, é necessário continuar a apostar no reforço de conhecimentos.
É neste sentido que, informou, no ano lectivo 2022/2023 foram beneficiados cerca de 42 militares com formações de ingresso, especialização e de promoção no âmbito da cooperação técnico militar.
Por outro lado, a ministra avançou que recebeu a informação de que o curso de pilotos foi realizado com sucesso, sendo que os técnicos estarão a chegar entre hoje e amanhã, de modo que seguem agora com uma forte parceria com a aeronáutica civil para a recepção da aeronave para a Guarda Costeira de Cabo Verde, prevista para o próximo ano.
Janine Lélis aproveitou o momento para agradecer à cooperação de Portugal, representada pelo embaixador de Portugal em Cabo Verde, que, ressaltou, ainda nas suas antigas funções de director nacional da política da Defesa esteve muito proximamente ligada ao desenho deste curso.
O embaixador Paulo Lourenço, por sua vez, destacou a “densidade” da relação entre Cabo Verde e Portugal na área da Defesa Nacional, salientando que as áreas militares e da Defesa Nacional fazem parte da intimidade de qualquer Estado soberano.
“E, portanto, o facto de Cabo Verde e Portugal terem hoje as circunstâncias do nosso passado, principalmente neste domínio da Defesa, não deixa de ser por si só um sinal do nível de maturidade a que chegamos na relação entre os dois países”, reforçou.
