Lídia Lima, que falava à imprensa depois de visitar a Associação de Pais e Amigos de Crianças e Jovens com Necessidades Especiais (Colmeia), no âmbito do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, assinalado, a 03 de Dezembro, sublinhou que a prioridade é aumentar verba para questões e projectos sociais.
Segundo disse a governante, o Orçamento do Estado para 2024 (OE’2024) aumentou o montante para esta área de 19 para 32 mil contos.
“Para 2024 prevemos e vamos concretizar o aumento do financiamento para outras instituições que trabalham na área da deficiência, permitindo assim reforçar cada vez mais a actuação dessas associações que têm vindo a trabalhar ao longo dos anos e dar resposta às necessidades desse público”, referiu.
Por outro lado, lembrou que além de disponibilizar o espaço onde as associações funcionam, o Governo tem vindo a atribuir um subsídio mensal, através do programa de subvenção para ajudar, ciente de que não tem sido fácil o funcionamento dessas estruturas.
“Estamos muito contentes porque estamos a ver que todo o apoio que tem sido atribuído tem sido muito bem aproveitado pelas associações, que têm a missão também de procurar por mais parceiros quer nacionais e internacionais”, apontou Lídia Lima que apelou às empresas e instituições a colaborarem.
Entretanto, acrescentou que as famílias com crianças com deficiência têm tido prioridades desde o apoio para frequentar creches e pré-escolar, apoio do rendimento social de inclusão para aquelas que não têm nenhum tipo de rendimento, mas também pensão social atribuído às pessoas com deficiências.
“Nós temos um conjunto de programas a serem implementados, como o programa de subvenção para pré-escolar e creches, programa de apoio integrado e o programa de inclusão produtiva que dá uma atenção especial às famílias com crianças na faixa etária dos 0 aos 3 anos”, realçou.
Por seu turno, a presidente da Colmeia, Isabel Moniz, disse que apesar de haver alguns avanços a nível da inclusão, a associação continua a enfrentar vários desafios entre os quais a sustentabilidade nas respostas.
Avançou que Cabo Verde precisa ter um serviço de intervenção precoce que deve estar nos serviços primários, nomeadamente nos hospitais e centros de saúde a nível dos psicólogos, neuropsicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapeutas.
Por outro lado, defendeu que essas especialidades deviam também ter a cobertura do sistema de previdência social.
“A deficiência devia ser falada com a complementaridade das outras áreas, não só a saúde em termos curativos, mas saúde em termos da reabilitação e habilitação para que qualquer cidadão que estiver na condição de deficiência possa beneficiar dessas terapias, das políticas públicas que vão ao encontro das respostas funcionais de qualquer cidadão que estiver nessa condição”, salientou.
Para celebrar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência o Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, através da Direcção Geral da Inclusão Social promove na cidade da Praia várias actividades para proporcionar às crianças momentos de brincadeira e diversão, mas também de convívio com outras crianças.