PP manifesta-se a favor da lei da paridade e afirma que todos devem dar contribuição positiva para o país

PorExpresso das Ilhas, Inforpress,24 ago 2024 9:57

​O Partido Popular (PP) manifestou-se na sexta-feira, 23, a favor da maior representatividade feminina na política por entender que num país democrático todos devem dar uma contribuição de forma positiva.

Esta afirmação foi feita à Inforpress por Melícia Semedo, membro do Partido Popular, no final de um encontro com a Rede das Mulheres Parlamentares Cabo-verdianas (RMP-CV).

A reunião enquadra-se na implementação do plano de advocacia para o cumprimento da Lei da Paridade nas eleições autárquicas deste ano.

“Pensamos que a representatividade da mulher na política, conforme é intenção da Rede de Mulheres Parlamentares, é boa porque em Cabo Verde estamos à procura da igualdade de género e entendemos que não pode, por isso, haver mais homens e menos mulher e nem vice-versa”, afirmou.

Entretanto advertiu que no país a percentagem de mulheres na política ainda não é satisfatória até porque, reconheceu, não tem sido muito aceitável, sobretudo, por parte dos maridos.

“Então, quando há o desacordo, a mulher desiste em defesa da família”, sustentou, apontando o caso de mulheres que deixaram de alinhar nos partidos para não entrarem em conflito com a família, apesar de demonstrarem vontade de participar, activamente, na vida política.

O Partido Popular defende que a contribuição feminina na política trará muitas vantagens e, tratando-se de um país democrático, todos devem dar uma contribuição de forma positiva.

Por outro lado, este partido avançou que já está em preparativos para as próximas eleições autárquicas deste ano, mas admite que constituir uma lista em meio a dois grandes partidos não tem sido tarefa fácil.

Durante o encontro a Rede das Mulheres Parlamentares de Cabo Verde (RMP-CV), através da sua presidente, Lúcia Passos, aproveitou para apelar ao Partido Popular a trabalhar para a criação de uma associação das mulheres deste partido, com vista a influenciar, por exemplo, na constituição das listas para as eleições.

No âmbito das eleições que se avizinham, a RMP-CV pretende realizar um conjunto de acções de formação direccionadas às candidatas tanto para as câmaras como para as assembleias municipais, envolvendo igualmente toda a sociedade e a comunicação social nesta matéria.

A Lei da Paridade foi aprovada a 31 de Outubro de 2019 pela maioria qualificada dos parlamentares, com 35 votos a favor do MpD e 27 do PAICV, contra três votos da UCID.

A mesma tem por objectivo ultrapassar “os níveis insuficientes” de participação política e representação das mulheres em “cargos electivos e outros cargos de decisão”, tanto ao nível do poder central, como do poder local.

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Autoria:Expresso das Ilhas, Inforpress,24 ago 2024 9:57

Editado porDulcina Mendes  em  24 ago 2024 16:39

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