Vanuza Barbosa fez essas acusações em conferência de imprensa para reagir às declarações do PAICV, que culpa o Governo pela "degradação" da saúde em Cabo Verde, face aos últimos acontecimentos, nomeadamente no que se refere ao caso de desaparecimento do corpo de um bebé no Hospital Universitário Agostinho Neto (HUAN), e à situação de epidemia da dengue no país.
“Importa realçar que o que não é correcto é condenar e lançar suspeições na praça pública sobre estruturas de saúde e profissionais de saúde sem aguardar resultados de inquéritos e auditorias. Pior do que isso, é quando a condenação e suspeições vêm de partidos políticos que o fazem apenas com motivação de lançar imagem de caos sobre o sistema nacional de saúde e seus profissionais”, afirma.
Vanuza Barbosa critica "o aproveitamento de situações menos agradáveis, por parte do PAICV, para fazer a sua exploração política", recorda foram instaurados inquéritos para averiguar as ocorrências no Hospital Agostinho Neto e na Delegacia de Saúde do Sal.
“O MpD reitera a confiança no nosso sistema de saúde e nos seus profissionais que têm dado nas diversas áreas e momentos uma contribuição ímpar para a consolidação paulatina do sector, tornando-o cada vez mais resiliente, o que se tem traduzido na maioria dos diversos indicadores de saúde e no reconhecimento do país por parte das organizações internacionais que têm em Cabo Verde um exemplo a seguir", indica.
Quanto à epidemia da dengue, Vanusa Barbosa diz que o país está a enfrentar uma crise de saúde pública, e sublinha que o momento é de se juntar esforços.
“Vencer a dengue implica um compromisso de todos, absolutamente todos, do poder central, mas, e acima de tudo, do poder local. Pensamos que a atitude do PAICV de se tentar desresponsabilizar nessa questão, só mostra que esse partido não está preparado para se juntar ao país nos momentos mais difíceis, principalmente quando não está no poder”, conclui.