Voto unânime e Agostinho Lopes está de regresso. Antigo presidente do MpD, foi indicado por Ulisses Correia e Silva para o cargo de Secretário-Geral, posição ocupada anteriormente por Luís Carlos Silva, que se demitiu no seguimento da derrota nas autárquicas de Dezembro de 2024.
“Essa é a minha terceira experiência como secretário-geral e é sempre uma carga de trabalhos”, disse Agostinho Lopes aos jornalistas, à margem do encontro, citado pela Lusa.
“Neste momento, exige-se uma dedicação a tempo inteiro. Não temos tempo, mas é preciso dar a volta, ou, pelo menos, tentar dar a volta aos resultados eleitorais do dia 01 de dezembro, que não nos foram claramente favoráveis”, referiu.
A tarefa “vai exigir muito esforço, talvez um pouco mais do que as tais oito horas de trabalho diário, mas estou confiante, vou contar com todos”, acrescentou o novo secretário-geral.
Agostinho Lopes aposta num “aumento” da capacidade de comunicação do MpD, “com os militantes e com a sociedade”, prometendo “envolver todo mundo”, antecipando “uma aproximação àqueles que, eventualmente, não estão” tão perto do partido como já estiveram.
“É um militante conhecido, antigo presidente do MpD. Tem a disponibilidade, autoridade política suficiente e a vontade de trabalharmos juntos numa nova fase de maior atividade política a nível nacional e regional", como já tinha explicado Ulisses Correia e Silva à Rádio de Cabo Verde (RCV).
O líder do MpD disse que o partido tem condições para reverter a derrota autárquica e preparar-se para as eleições legislativas de 2026, interpretando os resultados de Dezembro como um sinal claro dos eleitores.
"Reconheço a mudança que é necessário fazer, por isso é que no dia 11 temos uma reunião para fazer uma avaliação com tranquilidade e com a máxima objetividade possível, relativamente a vários fatores que podem ter tido contribuído para os resultados e fazer inversões, alterações necessárias quer a nível do partido e do Governo", referiu.
Correia e Silva admitiu que a ação política precisa de ser mais consistente: "Fica muito claro que não é suficiente fazer obras e realizações porque se fosse só isso, o MpD ganhava em todas as câmaras, mesmo naqueles em que não temos poder". Defendeu ainda que é fundamental que a acção política seja regular, permanente e forte.
A reunião da Direção Nacional conta com a presença dos Presidentes das Comissões Políticas Concelhias e Comunidades Emigradas, Membros da Comissão Política Nacional e Membros da Direção do Grupo Parlamentar do MpD.