Austelino Correia, que falava depois do acto solene de deposição de coroa de flores no Memorial Amílcar Cabral, presidido pelo Presidente da República, sublinhou que Cabo Verde possui uma “trajectória marcante” com “períodos históricos significativos” como antes de 1975, o período de independência até 1991 e o período democrático até hoje.
“São datas importantes, nós devemos valorizar a nossa história, os combatentes da liberdade da pátria merecem o respeito de todos os cabo-verdianos pelo seu engajamento, pela sua entrega para a independência de Cabo Verde”, realçou
No seu entender, a independência representa um “ganho muito importante” para o país, pelo que é “fundamental honrar e respeitar” os combatentes da liberdade da pátria, sobretudo Amílcar Cabral, que é figura central dessa luta histórica.
Na ocasião, sublinhou ainda que é fundamental manter a tranquilidade, uma vez que Cabo Verde é um país que demanda equilíbrio e tranquilidade de todos os seus actores políticos e responsáveis pelas diversas instituições.
Avançou ainda que enquanto presidente da Assembleia Nacional não irá comentar qualquer intervenção dos sujeitos parlamentares, por entender que o seu cargo deve ser exercido com “total isenção, imparcialidade e equidistância”.
Celebra-se hoje o 20 de Janeiro, Dia dos Heróis nacionais, data que homenageia antigos combatentes da pátria e relembra a morte de Amílcar Cabral, considerado um dos líderes africanos mais carismáticos, influentes e figura de destaque no continente africano.
A 20 de Janeiro de 1973, Amílcar Cabral foi assassinado, em Conacri, numa altura em que travava uma luta armada contra o exército português.
Foi o fundador do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), morreu depois de uma luta armada iniciada em 1962 contra o colonialismo português.
Amílcar Cabral permanece como uma figura central da história de África, em especial a de Cabo Verde e da Guiné-Bissau.