“A isenção do pagamento da taxa de lixo aos comerciantes dos mercados municipais e da Praça Estrela por um período de um ano. A terceira medida é isentar o pagamento da taxa de lixo a todos os comerciantes da ilha por um período de um ano. A quarta medida é isentar o pagamento do imposto de circulação aos veículos de transporte público, nomeadamente táxis, hiaces, juvitas, autocarros e camiões de carga, também por um ano. A quinta medida é isentar o pagamento de todas as licenças comerciais por um período de um ano. A sexta medida é isentar o pagamento de todas as licenças de construção e renovação por um ano. A sétima medida é isentar a cobrança das bancas da Praça Estrela e dos mercados municipais durante um ano”, indicou.
As medidas representam um esforço financeiro estimado em cerca de 150 mil contos e entram em vigor a partir de 1 de setembro. De acordo com Augusto Neves, estes apoios reforçam as medidas emergenciais adotadas logo após a catástrofe e visam assegurar a retoma da atividade económica da ilha.
O autarca minimiza os impactos deste novo pacote na tesouraria municipal.
“Nós fizemos um estudo a esse respeito, discutimos com o chefe do Governo e é um custo que poderemos ultrapassar. Não haverá dificuldades, mas é o momento de todos assumirmos esta grande responsabilidade e apoiarmos as famílias que realmente necessitam. Essas medidas são uma forma de aliviar e permitir que a retoma das atividades e da normalidade da vida seja a mais rápida possível. Devem rondar aproximadamente 150 mil contos, dentro do orçamento, mas é dinheiro que conseguiremos recuperar e, nos próximos anos, de certeza estaremos na normalidade”, assegura.
Noutra frente, questionado sobre a posição dos vereadores do PAICV em São Vicente, que garantem “fazer de tudo” para apurar as responsabilidades técnicas e políticas decorrentes das consequências da tempestade Erin, Augusto Neves fala em aproveitamento político.
“A reação da Câmara Municipal neste momento é um problema deles, não meu. Somos um país livre. Eu, como presidente, e a Câmara não nos revemos nessa crítica, porque trabalhamos todos os dias na limpeza da ilha, na melhoria das condições de vida e na construção de grandes diques. Só que o pessoal só se lembra dos aspectos negativos para aproveitar. Ninguém fala, por exemplo, do grande dique que fizemos na Pedra Rolada, que custou 70 mil contos e que terá tido um papel fundamental nesta chuva, que foi enviada por Deus, não por nós”, afirma.
As chuvas torrenciais de 11 de Agosto provocaram nove mortes em São Vicente. Duas pessoas continuam desaparecidas e registou-se ainda um grande rastro de destruição.