O processo de regularização extraordinária dos imigrantes indocumentados em Cabo Verde está a decorrer desde 15 de Janeiro com término previsto a 15 de Junho, e segundo a embaixadora o Governo cabo-verdiano prevê o alargamento deste processo, de acordo com o desenrolar do processo e com as necessidades.
Basiliana Tavares falava à imprensa à margem do lançamento da colectânea “A imigração da Guiné-Bissau em Cabo Verde”, que a seu ver vai dar uma “grande contribuição” à representação diplomática em Cabo Verde e ao Governo da Guiné-Bissau, por trazer na íntegra dados estatísticos da comunidade guineense residente em Cabo Verde espalhadas, bem como a situação actual da mesma a nível económica, político e social.
“Mas a embaixada da República da Guiné Bissau, enquanto missão diplomática que tem o maior número de comunidade imigrada em Cabo Verde, em comparação com as outras comunidades, defende o alargamento porque estamos cientes que nem todos vão conseguir nesta primeira fase deste processo”, disse.
Conforme sustentou a embaixadora da Guiné-Bissau, o documento refere à possibilidade de alargamento do processo de regularização, e se houver esta possibilidade a embaixada e a comunidade irão “abraçá-la com toda a satisfação”.
“Em comparação com processo anterior, segundo informações, este processo é muito flexível porque anteriormente o governo cabo-verdiano solicitava vários documentos no horizonte de doze peças, mas actualmente o Governo só tem solicitado quatro documentos”, sublinhou.
A diplomata concretizou ainda que o processo está a decorrer na sua “normalidade”, informando que nesta semana alguns cidadãos guineenses já começaram a adquirir os seus cartões de residência.
De acordo com os relatos das entidades responsáveis, até ao momento, no horizonte de quatro mil pedidos de legalização já foram solicitados por parte de estrangeiros que vivem no País e no posto de atendimento na embaixada já foram atendidos cerca de 800 cidadãos guineenses, avançou Basiliana Tavares.