O porta-voz dos criadores, Elísio Medina disse que a classe está a lutar, há cerca de cinco anos, contra a seca severa que fustiga este município, com maior incidência das zonas altas, mas correm o risco de perder os seus animais, caso continuem a enfrentar a crise de água.
A classe, segundo o representante da Associação dos Criadores de Gado do Porto Novo, Romeu Rodrigues, está a passar, efectivamente, por “uma situação muito complicada” em termos de água para o gado, que se deve à avaria, há já algum tempo, do autotanque do Ministério de Agricultura e Ambiente (MAA).
Os criadores, segundo a mesma fonte, precisam ser socorridos até à vinda de chuvas para não perderem os seus animais, avançou a mesma fonte, que informou que a situação nas zonas baixas do município (zona periférica da cidade do Porto Novo) “a situação parece menos difícil” já que há criadores que conseguem recorrer aos autotanques privados.
O próprio MAA admite que o abastecimento de água para o gado no concelho do Porto Novo, está a deparar com cinco anos de seca, representa “um problema enorme e estruturante” por resolver no sector da pecuária, uma das principais actividades económicas locais.
O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) no Porto Novo, Joel Barros, diz que este município tem o maior efectivo pecuário do País, com mais de 25 mil cabeças de gado, distribuídas por 500 criadores.
Joel Barros defende ainda a necessidade de se “estabilizar o apoio” aos criadores de gado no que tange ao acesso à água.
Porém, garante que na zona periférica da cidade do Porto Novo, o problema vai ficar resolvido “a curto prazo” no quadro dos investimentos já financiados pelo MAA para criar pontos de abastecimento a cerca de 70 criadores.
Nas zonas altas (Planalto Norte e Sul) há, também, perspectiva de que o projecto de adução e bombagem de água para esta localidade possa resolver a situação, avançou este responsável.