Na conferência de imprensa, realizada na Cidade da Praia, para o balanço do primeiro ano da Universidade Sénior de Cabo Verde, criada pela Associação Pró Universidade Sénior, Crispina Gomes, sublinhou que as actividades da Uni-Sénior procurou incluir áreas consideradas prioritárias para início das actividades académicas, lúdicas e de cidadania.
“Ao longo deste primeiro ano, podemos dizer que a nossa Universidade passou, com boas qualificações, o seu primeiro teste. Efectivamente, com base em um questionário dirigido a pessoas com mais de sessenta anos realizado em 2020 para conhecer a opinião dos seniores sobre a natureza e a missão desta nova entidade, elaborou-se um plano de actividades que procurou incluir as propostas e sugestões apresentadas apostando em áreas consideradas prioritárias para início das actividades, a saber, a académica, a lúdica e a da cidadania”, explicou.
Segundo Crispina Gomes, na área académica, foram programados e realizados os cursos de informática, escrita da língua cabo-verdiana, inglês e Francês através da música.
“Na área Lúdica, organizaram-se três oficinas de culinária, sendo duas destinadas a pessoas diabéticas e uma vegan. Duas excursões muito concorridas foram, igualmente, realizadas, com sucesso”, indicou.
Referente a área de cidadania, em parceria com o Ministério da Família e Inclusão Social, Crispina Gomes conta que a turma participou na discussão do Estatuto da Pessoa Idosa. Uma outra parceria com o Ministério da Saúde, a Uni-Sénior participou no congresso sobre envelhecimento activo e saudável realizado na ilha do Sal, ainda constaram na agenda uma conferência sobre problemas do sono na terceira idade, além de conferências e mesas redondas organizadas pela Câmara Municipal da Praia.
A presidente da Uni-Sénior avançou que têm tido vários encontros com diversas autoridades, para a criação de polos da Uni-Sénior em outros concelhos e ilhas do país, à semelhança da criação do polo do Mindelo.
“Estão em curso negociações para abertura de novos polos da Uni-Sénior na Ribeira Grande de Santiago, São Domingos, Santa Catarina, Santa Cruz e outros pontos”, avançou.
Por seu turno, uma das associadas da Uni-Sénior, Fátima Fialho, considerou o primeiro ano na Uni-Sénior como uma “extremamente interessante”. Esta participante conta que as formações, com números restritos de participantes, permitem uma relação próxima de partilha de conhecimento .
“Não é como uma universidade clássica, nós não atribuímos diplomas, o nosso propósito é fazer com que os seniores ocupem o seu tempo livre de forma saudável, de forma lúdica, aprendendo coisas. Partilhamos os nossos conhecimentos e experiência e ainda recebemos dos outros. A pretenção é alargar aos poucos. As nossas formações são de curta duração e queremos descentralizar, além do sénior, queremos atingir a juventude”, testemunhou.
A Universidade Sénior é uma instituição que se propõe a mobilizar pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos para participarem em actividades académicas, lúdicas e de cidadania, como forma de ocuparem os seus tempos livres de forma saudável.