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A médica, que falava à imprensa num balanço sobre a situação desta doença na cidade da Praia, adiantou que o Governo já criou uma comissão municipal para um combate mais agressivo e robusto e que dê uma melhor resposta para dar o fim a esta epidemia e evitar que haja mortes.
“Este combate é de todos, esta doença é de todos e para todos. Ou seja, a saúde pública não é uma responsabilidade só do Ministério da Saúde, mas sim de todos nós, seja como entidade, seja também como população”, alertou.
Ulardina Furtado avançou que as outras ilhas também têm que estar de alerta, tendo em conta que a dengue é de emergência nacional, mas que a atenção maior neste momento é para as ilhas de Santiago, Fogo e Brava, que têm maiores números de casos.
“Até ainda não tivemos nenhum óbito por causa da dengue, mas havendo aumento de casos, que tem acontecido nas últimas semanas, é um risco que estamos a correr. Portanto, mais vale agir na prevenção do que depois ter consequências negativas”, frisou.
Por outro lado, destacou que atenção agora também é nas zonas que foram consideradas zonas de maior preocupação, onde há viveiros e casas abandonadas que devem ser combatidos com mais rigor, nomeadamente, Moinho, em Lém-Cachorro, Ribeira de Lém-Ferreira e as zonas de Cobom e Fontão.
“São ribeiras e vales com focos e viveiros enormes, que deverão ser tratados rapidamente, e só a intervenção de pulverização não é suficiente”, alertou, observando que é preciso também reforçar o combate junto das instituições.
Segundo a delegada de saúde, existem os focos mais pequenos, nos domicílios, que são os principais caminhos para a doença nas pessoas, particularmente, nos pequenos vasos de planta, pneus e nos tanques.
Neste momento, segundo Ulardina Furtado, há cerca de 2.200 pessoas infectadas com dengue na Cidade da Praia. Por isso, apela, mais uma vez, à população ao reforço das medidas preventivas e de combate ao mosquito ‘aedes egiptus’, transmissor da dengue, já anunciadas pelo Ministério da Saúde.
