O sociólogo fez estas constatações à imprensa na apresentação do estudo do perfil da juventude da ilha do Maio, reiterando que os jovens locais possuem potencialidades.
“Temos jovens com muita potencialidade na ilha do Maio (...) O perfil dos jovens não é muito diferente do perfil da juventude de Cabo Verde, com a particularidade de termos uma juventude com vontade de aprender e, se calhar, faltam as condições para conseguir activar essa potencialidade”, avançou à imprensa.
Entre as principais preocupações apontadas pelos jovens no estudo, Redy Lima destaca o desemprego e a falta de oportunidades, devido à “dinâmica económica suspensa” da ilha.
“Temos, neste momento, uma ilha com uma dinâmica económica suspensa, principalmente devido ao problema dos transportes. Tendo transporte regular criamos oportunidades para os jovens aproveitarem algumas coisas”, apontou o sociólogo, destacando que a ilha está “tão perto do poder e longe das oportunidades”.
Redy Lima entende que falta na ilha do Maio uma cultura reivindicativa, ocasionada por uma “crise de liderança", pelo que diz ser necessário começar a formar para uma liderança horizontal e dar espaço aos jovens para fazerem as próprias coisas.
“Ouvir os jovens e criar um espaço aberto onde podem decidir por si mesmos de forma colaborativa e dessa maneira fazerem-se ouvir à força, devido ao poder de reivindicação”, sugere.
Neste sentido, a Casa da Juventude, como destacou a mesma fonte, pode ajudar a potencializar os jovens, caso for pensada e organizada de forma orgânica, onde os jovens podem decidir por si.
O estudo perfil da juventude da ilha do Maio foi encomendado pela câmara municipal da ilha, no âmbito do programa Maio 2025.