Tecnicil inaugurou linhas de produção com presença do Primeiro-Ministro

PorAdilson Pereira,26 mar 2018 6:42

A Tecnicil Indústria inaugurou, sexta-feira, as novas linhas de produção de leite, iogurte e sumos de fruta, nas suas instalações, na localidade de Trindade, cidade da Praia, num investimento superior a um milhão de contos.

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, que presidiu à cerimónia, disse que este investimento mereceu o estímulo do Governo, porque representa criação de riqueza, emprego e rendimento global da economia do país.

“Esse é o caminho que o país deve percorrer. É particularmente no sector industrial, onde nós ainda temos um longo caminho a percorrer. Nós temos que criar condições, não só de oferecer em condições de competitividade e qualidade o mercado turístico em crescimento, assim como exportar para o mercado externo”, ressaltou Correia e Silva

Para Correia e Silva, a materialização do projecto deve servir de modelo para ser multiplicado noutros sectores como a agro-indústria, pescas, indústria conserveira, entre outros.

Mas isto não significa o fechar das portas aos investimentos externos. “Há crescimento com empresas, com o sector privado, e compete ao Estado aos governos criar todas as condições para que o ambiente de negócio seja bom, haja incentivos, para que o financiamento esteja disponível aos investidores”, salienta.

“A lei não é proteccionista”, defende Ulisses Correia e Silva, garantindo que a medida de agravar os direitos de importação nos produtos, como leite e seus derivados e sumos de fruta, está de acordo com as regras da OMC. Para o Primeiro-Ministro, para que a “indústria floresça, o Governo não tem que ser um elemento passivo”.

Quanto ao mercado de comércio único entre vários países africanos, estes investimentos representam uma grande oportunidade. “Se tivermos condições e capacidade de empreender e exportar, isso significa maior abertura do mercado, mas essa iniciativa tem um caminho longo a percorrer porque há barreiras ainda existentes no mercado africano”, diz Ulisses Correia e Silva.

Para Alfredo Carvalho, presidente do conselho de administração da Tecnicil Indústria, o projecto “significa mais emprego mais rendimento e o contributo para o crescimento da economia cabo-verdiana.”

Entretanto, a implementação de um projecto desta magnitude enfrenta dificuldades, não apenas na mobilização de financiamento. “Primeiro, a mobilização do recurso está muito difícil. Nós tivemos de recorrer a financiamento externo”, sublinha Carvalho.

O problema de montar uma indústria do tipo em Cabo Verde enfrenta também dificuldades a nível do ambiente envolvente. “Existe como que intenções claras de não deixar que a indústria nacional cresça, que o investimento nacional vingue e isso é pior do que os problemas de financiamento”, diz Alfredo Carvalho.

A Tecnicil Indústria emprega um total de duas centenas de pessoas. Só o projecto ligado à nova linha de produção dá emprego a perto de 80 trabalhadores.

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Autoria:Adilson Pereira,26 mar 2018 6:42

Editado porNuno Andrade Ferreira  em  5 fev 2019 10:57

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