A notícia foi avançada à Inforpress pelo próprio escritor que já se encontra de malas feitas para o Brasil onde, no dia 08, será feita a selecção do autor premiado.
O júri deste que é tido como o mais importante prémio literário da lusofonia é constituído por dois elementos brasileiros, dois portugueses e outros dois oriundos dos PALOP. Isto porque o prémio foi instituído e é suportado pelos governos do Brasil e de Portugal que organizam cada edição através da Fundação Biblioteca Nacional do Brasil e da secretaria de Estado da Cultura de Portugal.
Leyla Perrone Moisés e José Luís Jobim serão os representantes do Brasil enquanto que por Portugal estarão Maria João Reynaud e Paula Morão. Ao lado de José Luís Tavares, a representar os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, estará o moçambicano Lourenço do Rosário.
Segundo a agência noticiosa, o poeta tarrafalense estabelecido há largos anos em Portugal entende o convite da organização do Prémio Camões como algo natural dado a “crescente atenção” que o Brasil vem dedicando à sua obra, principalmente após ter ganho alguns concursos literários nesse país lusófono onde publicou no ano passado o livro “Contrabando de Cinzas”, uma compilação da sua poesia editada e de alguns inéditos.
O Prémio Camões, criado em 1988 para reconhecer o conjunto da obra de um autor de língua portuguesa, já teve antes um elemento do júri cabo-verdiano: o poeta Corsino Fortes fez parte do júri que, em 2009, escolheu o único autor cabo-verdiano até hoje laureado, o poeta Arménio Vieira.
Nas outras quatro vezes em que o Prémio não foi para autores portugueses ou brasileiros, coube a Angola e Moçambique, duas vezes a cada.