Sal abre-se à literatura-mundo

PorNuno Andrade Ferreira,7 jul 2017 7:00

Foi em José Saramago, com a evocação da obra do Nobel, que começou, quinta-feira, a edição de estreia do Festival de Literatura-Mundo do Sal (FLMS). O escritor português divide com o poeta cabo-verdiano Corsino Fortes a dedicatória de um evento que, até domingo, reúne gente das palavras, entre escritores, académicos, críticos e jornalistas.

Foi em José Saramago, com a evocação da obra do Nobel, que começou, quinta-feira, a edição de estreia do Festival de Literatura-Mundo do Sal (FLMS). O escritor português divide com o poeta cabo-verdiano Corsino Fortes a dedicatória de um evento que, até domingo, reúne gente das palavras, entre escritores, académicos, críticos e jornalistas.

 

O Sal entrou no roteiro dos festivais literários internacionais. Organizado pela Rosa de Porcelana, editora de Filinto Elísio, o FLMS recebeu na abertura o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca.

“A literatura mundo é como o magma incandescente que avança nessa busca pela verdade e no esforço para compreender o sentido da vida, a ordem social que nos envolve. Continuamos a acreditar que essa revelação poderá estar nas páginas dos livros que ainda não escrevemos e em cujas palavras iremos descobrir, também, uma personalidade nossa, ainda desconhecida”, disse. 

José Luís Peixoto, um dos mais internacionais escritores de língua portuguesa da actualidade, assume a curadoria de um festival que se espera sem fronteiras.

“Talvez um país arquipélago, ao mesmo tempo uno e múltiplo, seja o melhor lugar para falar desse território que é criado pelo trabalho dos escritores. Nunca chegamos realmente às fronteiras dessa superfície. Os países de terra e de gente ampliam-se nesses espaço de palavras, de memória e de identidade”, sugeriu.

 

 

Co-organizadora do Festival de Literatura-Mundo do Sal, a autarquia local assume, pela voz de Júlio Lopes, presidente, que a cultura deve ser um dos motores da consolidação da ilha como destino turístico internacional.

“A nossa missão é transformar esta ilha do Sal numa referência turística a nível internacional e, como sabem, qualquer projecção faz-se sempre pela via da cultura”, defendeu..

A programação, que se estende por quatro dias, centra-se em lançamentos de obras, conferências e workshops, mas vai mais longe e visita o teatro, já esta sexta-feira à noite, com um ensaio aberto da peça “Estrangeiras”, encenada por João Branco, a partir de um original de José Luís Peixoto.

A manhã do segundo dia do FLMS é preenchida com três oficinas. A tarde divide-se entre duas conversas abertas, uma conferência de Ottmar Ette e o lançamento do último livro do cabo-verdiano José Luiz Tavares.

 

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Autoria:Nuno Andrade Ferreira,7 jul 2017 7:00

Editado porAndré Amaral  em  7 jul 2017 14:08

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