"A descoberta deu-se após uma intensa investigação sobre o estilo, técnica, materiais utilizados e procedência, realizada no Museu Van Gogh, em Amesterdão, de um desenho até agora desconhecido, que pertence à colecção da Fundação de Arte Van Vlissingen", segundo comunicado do museu neerlandês.
A obra, que estava a ser estudada desde 2013, foi hoje apresentada no Museu Singer, em Laren, na província da Holanda do Norte, onde ficará em exposição até 06 de maio, juntamente com obras de Monet, Renoir e Picasso, no âmbito de uma mostra sobre as correntes impressionista, pós-impressionista e expressionista.
Na sequência desta autenticação, como noticia a Efe, um outro trabalho, "Montmartre", também de 1896 e que não tinha sido, anteriormente considerado como de autoria de Van Gogh, pode vir a ser atribuído ao pintor, de acordo com o museu.
"Os desenhos são feitos pela mesma mão, o estilo é idêntico e o modelo relaciona-se com o que Van Gogh fez pela primeira vez em Antuérpia, e depois no estúdio Cormon, em Paris", disse Teio Meedendorp, investigador principal do Museu Van Gogh.
Os dois desenhos parecem ter sido feitos a uns 50 metros de distância, refere a agência noticiosa espanhola.
Os materiais utilizados também são idênticos e, a par do tema, podem ligar os trabalhos que Van Gogh terá feito em Montmartre, uma colina de Paris, na primavera e no início o verão de 1886, segundo Meedendorp.
O novo desenho surgiu no legado de Georgina Vermeer, que conheceu o pintor e adquiriu o desenho em 1917, apesar de ter estado desaparecido, até que o seu o neto o recuperou em 2013.
Desde 1970, quando se fez o catálogo de Vicent Van Gogh (1853-1890), foram descobertos nove desenhos e sete pinturas do artista holandês.