“Bandas e DJs tradicionais, clássicos, modernos, populares ou electrónicos são bem-vindos a candidatar-se para apresentarem um showcase no AME 2019”. Assim se abre o convite lançado pela organização do AME 2019 para a entrada de candidaturas de artistas grupos que queiram marcar presença na feira musical atlântica.
Elodie da Silva, que desde a edição passada substitui Djô da Silva na frente internacional da organização do evento, lançou ao final da tarde de segunda-feira o aviso da abertura das inscrições através de um entusiástico post no Facebook.
A página disponibilizada para as inscrições na Atlantic Musica Expo do próximo ano avisa que apara além de um alinhamento de artistas cabo-verdianos que actuam no mercado local o evento dará particular atenção às candidaturas de artistas do continente africano e de todos os lados do Atlântico.
Como tem sido até aqui, um painel de jurados internacionais irá encarregar-se da selecção de artistas a partir das candidaturas recebidas. O prazo final de submissão de candidaturas é até 30 de Novembro de 2018, estendendo-se até 31 de Dezembro de 2018 para os artistas cabo-verdianos.
Dias antes, a nova CEO da Lusafrica já anunciara as datas para a edição número 7 da AME: 08 a 11 de Abril de 2019, no lugar de sempre, a cidade da Praia.
No ano passado, no encerramento da VI edição Elodie da Silva comemorada a apreciação que lhe chegara de ter sido essa a melhor edição de sempre da AME.
“Este ano tivemos a melhor equipa de sempre. Não fazem ideia do que fizeram pela Atlantic Music Expo mas também por Cabo Verde”, declarou antes de deixar o aviso de que o evento retornaria em 2019.
Lusafrica 30 Anos
Esta foi uma semana de grandes momentos para a Lusafrica. A empresa criada em 1988 por Djô da Silva completou a 12 de Setembro 30 anos de existência. Com sede em Paris, França, a editora independente foi a primeira multinacional do ramo em Cabo Verde e uma das primeiras em França, sendo muitas vezes referida como “o principal selo africano independente na França”.
O aniversário da empresa foi assinalado com o lançamento do novo logo. Também a filha do produtor, que assumiu o cargo de CEO o ano passado pouco antes da AME, mas já vinha nos últimos anos substituindo Djô da Silva em diversas tarefas, anunciou uma nova filial da Lusafrica: a The Garden.
Elodie da Silva descreve a marca como estando “na encruzilhada de sons electro, urbanos e afro-pop”. “O rótulo vai plantar as sementes de uma nova geração de artistas que vão recuperar a paisagem do mundo”, promete, animada com a sua nova aposta.
Aos 30 anos, ela não só herdou a posição do pai na Lusafrica - desde que este tornou-se o homem forte da Sony para a África Ocidental – como o substituiu como programadora do Kriol Jazz Festival Praia. Tudo isso enquanto dirige uma pequena editora independente que criou, a Africa Nostra.
Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 877 de 19 de Setembro de 2018.