Mindelact para o ano será boda de prata

PorDulcina Mendes, Rádio Morabeza,17 nov 2018 8:20

​A cidade do Mindelo foi abençoada por esses dias com a 24ª edição do Festival Internacional de Teatro do Mindelo (Mindelact). Durante dez dias, os mindelenses tiveram oportunidade de apreciar 60 espectáculos de 38 grupos, oriundos de 14 países, como Cabo Verde, Portugal, Angola, Brasil, Alemanha, Argentina, Cuba, Espanha, Estados Unidos da América, França, Gana, Marrocos, República Checa e Uruguai.

A 24ª edição do Mindelact que teve a abertura em grande com a coreógrafa cabo-verdiana Marlene Freitas e encerrada com o musical “Elas - uma viagem no feminino”, encenada por Vera Cruz.

A Cidade de Mindelo esteve durante os dez dias do Mindelact muita agitada, e pelo palco passaram nomes sonantes do teatro mundial, como é o caso da actriz e directora brasileira Vera Holtz, com o espectáculo “Sonhos para Vestir”.

À semelhança do ano passado, a 24ª edição do Mindelact esteve na Cidade da Praia com três espectáculos, no Centro Cultural Português.

Durante o festival, a Rádio Morazeba esteve em conversa, com várias pessoas para saber as suas opiniões sobre este evento que no próximo ano vai comemorar as bodas de prata.

Avaliação do Mindelact

O grupo teatral Otaca de Santa Catarina de Santiago esteve este ano no Mindelact com a peça “Serenata de um badiu”. Para o seu representante Narciso Freire, este evento surpreendeu-lhe em todos os sentidos.

O rapper mindelense Batchart que este ano foi assistir ao Mindelact, disse que gostou do festival. “É muito interessante olhar um pouco de tudo neste evento, sempre que vou ver o teatro ou outra forma de arte recolho algum subsídio para mim. Está a ser um trabalho de pesquisa interessante, porque desperta em mim outras curiosidades, e isso me leva a fazer mais pesquisas e ter possibilidade de aprender mais”.

César Fortes, um dos responsáveis técnicos do Mindelact, sublinhou que o festival está num nível muito bom. “Agora é continuar com o trabalho para que esse evento tenha sempre mais força aqui e lá fora”.

O luminotécnico e actor Edson Fortes conta que já está com mais de vinte anos nessas andanças e que o Mindelact tem tido sempre boa programação. “O ponto forte desse festival é a sua programação, mesmo que o Mindelact estiver a atravessar algum momento menos bom, sempre teve o cuidado de oferecer uma boa programação”.

Já Emanuel Ribeiro que começou a fazer teatro na Escola Salesiana em São Vicente e que já passou por várias formações. Apresentou no Mindelact a peça “Esta Noite choveu Prata”. Disse que este festival é especial e que tem um ambiente também peculiar.

“O que faz da exibição de qualquer peça, um momento de quase estreia, para a configuração do ambiente e de todo o clima que representa o Mindelact, e que coloca sempre desafio maior a um espectáculo”, indica.

O palhaço internacional Enane Torres que esteve no Ciclo Internacional de contadores de estória conta que participa pela 14ª vez no Mindelact, e que a cada ano que volta ao festival sente-se mais feliz. “Vejo o crescimento do festival e sinto-me realizado em oferecer o meu trabalho de teatro para as crianças e adultos de Mindelo”.

Para a actriz cabo-verdiana Patrícia Silva o Mindelact é um grande evento e uma oportunidade para as pessoas que fazem o teatro. “A peça de Marlene Freitas foi a melhor que vi na minha vida, porque gosto do movimento, da dança e do trabalho à volta do corpo, então para mim foi excelente olhar a Marlene Freitas com o seu grupo em cima do palco”.

O fotógrafo do festival Bob Lima acredita que esta edição superou todas as suas expectativas. “A peça que me marcou também foi a da Marlene Freitas. Foi uma peça sem diálogo e sem texto, só com expressão corporal, o que faz todo o sentido”.

Zenaida Alfama, responsável do staff que trabalha neste evento desde a segunda edição, disse que cada vez mais o festival tem ganhado mais dimensão. “Em cada edição, temos coisas novas. Este ano estamos com muitas pessoas, tentamos sempre colocar alguma actividade nova no decorrer do festival, para tentar agradar a todo o público”.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 885 de 14 de Novembro de 2018.

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Autoria:Dulcina Mendes, Rádio Morabeza,17 nov 2018 8:20

Editado porChissana Magalhães  em  7 ago 2019 23:22

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