O longa-metragem de 80 minutos que estreou em 2017, em Mindelo, era o único filme cabo-verdiano nesta edição do festival, que nasceu e teve as suas tres primeiras edições no Brasil. O prémio foi também atribuido à obra “Majur” do cineasta brasileiro Rafael Irineu.
O filme de João Paradela, “uma reflexão cine-poética sobre a memória do Campo de Concentração do Tarrafal” que pretende “perceber o mecanismo da memória de um espaço que serviu para aniquilar pessoas que eram contra o regime salazarista e que depois serviu para outras actividades”, teve uma primeira versão intitulada “Tarrafal, um campo em morte lenta”, com estreia em 2009 e uma reedição que esteve em competição no Plateau – Festival Internacional de Cinema da Praia. O filme conta com textos narrados pelo poeta Mário Fonseca e música de Mário Lúcio Sousa.
O Grande Prémio FICCA de Direitos Humanos contempla “narrativas de juventude, mulheres, comunidades LGBTs, trans, indígenas, tradicionais, quilombolas, pescadores e extrativistas”.
O Festival Internacional de Cinema do Caeté, que nesta edição mudou-se do Brasil para Portugal, é uma iniciativa e produção do cineasta brasileiro Francisco Weyl, que o criou como um espaço de encontro para criadores de diversas linguagens, da poesia à música e sobretudo cinema, e que circula entre centro e periferia, escolas, comunidades quilombolas, espaços culturais, religiosos, e académicos.
Em anos anteriores participaram neste festival cinco filmes de cineastas cabo-verdianos.