Nasciam grupos que iam fazendo as “novas tendências” do Pop Rock. Aliás, como também acontecia no aparecer de uma nova tendência nas sonoridades da dança, as pistas de “dança” de então eram dominadas pelos eternos Massive Attack, Portishead,entre outros…
Voltando ao Pop-Rock mais alternativo, Beck foi com toda a certeza um deles. Compositor, multi-instrumentista e produtor, como muitos adolescentes da sua idade, apaixonou-se pelo Hip-hop da era “Old School”, tendo tido ainda uma enorme influência dos Blues, e do Folk de Woody Guthrie. Dessa amálgama, resulta a sonoridade de Beck, que dependendo das fases, vai-se encostando mais a um ou outro género musical. Contudo sempre com “carimbo próprio”.
Há dias, a conversa com uma apreciadora do músico fez-me lembrar do disco “Sea Change”, apesar de considerar o álbum Odelay” o grande momento do músico.
“Sea Change” chega uns anos mais tarde do que “Odelay” e constitui uma verdadeira caixa de embalar. O artista americano no seu oitavo álbum presenteou os seus fãs e público em geral, com um trabalho diferente dos ambientes sonoros e líricos anteriores. “Sea change” foi uma aposta numa sonoridade claramente diferente, mas bem-sucedida. O álbum é considerado um dos melhores da década de 2000.
Fica então como sugestão de hoje um álbum e principalmente um músico bem representativo de uma década que tanta coisa nova nos trouxe.
Texto originalmente publicado na edição impressa doexpresso das ilhasnº 902 de 13 de Março de 2019.