Recomendação para ouvir: Grito rock e 350 Cabo Verde…e quando a música ajuda a “gritar” causas.

PorPaulo Lobo Linhares,30 mar 2019 11:09

​Começa a abertura das cortinas na nossa época musical. Como todos os anos, antes do AME e do Kriol Jazz, o Rock, é o primeiro, como que acordando os que ainda estavam acomodados.

Grito Rock é na verdade um evento que merece o louvor dos amantes da música, enquanto forma de arte, principalmente por dois motivos:

O arrojo de trazer para Cabo Verde um festival de rock, género musical que o nosso público não estava integralmente acostumado. Na verdade, independentemente do género musical, é elogiável o facto de o “arriscar”, permitindo que tanto os amantes deste género musical, como os que são conquistados por ele, sejam os principais beneficiados.

A persistência em continuar

Já vamos na 7ª edição, a sensação que temos em relação ao festival é de crescimento e alargamento a outras iniciativas. Acredito que a motivação da editora Artikul seja movida pela partilha de um género musical que os encanta - o Rock.

Nesta edição foi abraçada a causa ambiental através da associação com o projecto 350 Cabo Verde. Mais do que acções pontuais que passarão pelos já conhecidos copos recicláveis, ao longo de todo o festival, a parceria com o 350 Cabo Verde, foi sobretudo feita para mostrar os trabalhos e as causas que o projecto defende. Relembramos que inclusive na maneira como os dois projectos começaram, há em comum a busca de parceiros mundiais que foram importados a bem de Cabo Verde: o Grito Rock que já tinha palcos noutros cantos do mundo e o movimento internacional 350, nascido nos E.U.A. Portanto, a força das parcerias ficou clara.

Por último, mas não menos importante: o Grito Rock usou a música para enaltecer homens e causas. Primeiro com as já habituais homenagens a figuras que marcam a música Cabo-verdiana: este ano com o mestre Kaká Barbosa. Depois, “gritando” juntamente com o movimento 350 Cabo Verde que o planeta sofre e continua a ser ferido a uma velocidade vertiginosa, e que todos somos poucos para travar o que ainda for possível. Precioso para os amantes da música: ver esta forma de arte a servir de via transportadora para ajudar causas maiores. E não será este um dos papéis da arte? Com certeza que sim.

Em conversa com os organizadores, temos logo a clara certeza de dois aspectos: que em cada ano, o empenho dos mesmos é total, e calmamente vão observando oportunidades de novas iniciativas, para o ano que se segue.

Vida longa ao Grito Rock, e que o mesmo seja sempre sustentado por paixão, projectos e inovação.

Venham os eventos seguintes!

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Texto originalmente publicado na edição impressa do expresso das ilhas nº 904 de 27 de Março de 2019.

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Autoria:Paulo Lobo Linhares,30 mar 2019 11:09

Editado porJorge Montezinho  em  31 mar 2019 10:24

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