Na sua mensagem alusiva à comemoração do X aniversário de Cidade Velha a Património Mundial da Humanidade, que se assinala hoje, Abraão Vicente, que é também presidente da Comissão Nacional da UNESCO, destaca o papel do Estado, da população e das organizações, na valorização e preservação deste sítio histórico.
“A nossa missão como Estado tem sido proteger e valorizar o legado histórico e patrimonial da Cidade Velha para memorar a ancestralidade mestiça e perpetuar um lugar-comum, onde a história universal se conflui e a comunidade se reconhece”, afirma.
O governante considera ser missão de todos a conservação da memória histórica e patrimonial, os edifícios e tudo o que os antepassados viveram e conseguirem guardar.
“É com este entendimento e sentido de compromisso que o Governo da IX legislatura concedeu um lugar de destaque no programa de governação à valorização do nossos patrimónios e em particular à elevação da Cidade Velha enquanto Património Mundial”, recorda.
A sustentabilidade do título “Património Mundial” passará por um “investimento científico”, primando pela “renovação historiográfica”, o que implica “revisitar novas fontes históricas, caso da arqueologia, para o efeito em parceria com instituições academias e de investigação, nacionais e estrangeiras”.
“Estamos a implementar o projecto carta arqueológica da Cidade Velha. Este será um dos grandes instrumentos de gestão do território, com potencialidades patrimoniais, mas por outro lado, uma fonte para alavancar as novas áreas de investigação, seja a nível histórico, urbanístico e paisagístico do sítio”, lê-se na mensagem da tutela da Cultura.
O ministro reconhece que o vasto património arqueológico seiscentista da Cidade Velha reclama por “atenção especial”, numa perspectiva científica e turística, funcionando como um atractivo singular e diferenciador.