“Vamos ousar novamente e fazer algo surpreendente”

PorDulcina Mendes,13 out 2019 6:10

Cinco anos, cinco duetos improváveis e muitas surpresas. A Cidade da Praia recebe no dia 18, Dia Nacional da Cultura, a 5ª edição do Somos Cabo Verde. A Artemedia, organizadora do evento promete uma gala especial para marcar a data.

É já na próxima semana que acontece a 5ª edição do Somos Cabo Verde. Como é que estão os preparativos? 

Estamos a todo o gaz. Está é uma edição muito especial pois é a 5ª edição e o 5º aniversário. Esta edição é, de facto, especial. Associamos este ano a cultura, estamos ansiosos, porque preparamos uma edição com muitas surpresas. Na verdade, todas as edições têm surpresas, mas este ano é mais especial porque marca os cinco anos do Somos Cabo Verde.

O quê que estão a preparar para marcar a gala? 

Vamos juntar as bailarinas Bety de Raiz di Polon e Nicole da Escola de Dança Nicole para fazerem a direcção artística. Teremos uma entrada relacionada com a cultura. Vamos continuar a ter os duetos improváveis. Já lançamos três, o quarto é Dino D’Santiago com Bitori Nha Bibinha, duas gerações diferentes, e o último será Cremilda Medina e um artista surpresa. Vamos ousar novamente e fazer algo surpreendente, cinco anos, cinco duetos. Normalmente têm sido seis e este ano quisemos ter cinco em homenagem aos cinco anos do Somos Cabo Verde. 

Teremos o mesmo formato? 

Continuamos com o MC Bife e uma surpresa que ainda não podemos revelar, e que só vão saber no dia da gala. Os apresentares da passadeira, também vão novidade. De resto, é o mesmo formato.

No ano passado trouxeram a modelo e actriz portuguesa Rita Pereira como uma das convidadas. Este ano o que teremos? 

No ano passado trouxemos a Rita Pereira, ela foi considerada a influência digital de Portugal, apareceu na revista Forbes e deu dimensão a Somos Cabo Verde e a Cabo Verde. Isso para nós é muito importante. Costumo dizer que esta gala é de Cabo Verde para Cabo Verde porque estamos a homenagear o que há de melhor, que são as pessoas que trabalham e que contribuem para o desenvolvimento deste país. Este ano,vamos trazer a Nit, uma revista de lifestyle das mais vistas de Portugal, com 80 milhões de visualizações. Vamos trazê-los para que possam descobrir a gala. 

Os nomeados vão estar todos na gala?

Em princípio, todos vão estar cá. Alguns não estarão presentes, mas vão ter um representante. Aqueles que não vierem é porque estão em missão de serviço. Na categoria Moda, temos três pessoas que estão a viver na diáspora. É um peso enorme trazer essas pessoas, mas elas estão nomeadas e merecem estar cá. Todas elas trabalham a nível internacional com grandes marcas e isso é muito bom para Cabo Verde.

Em termos de parceria como é que estão? 

Temos o patrocínio da Binter CV que nos permite trazer os nomeados a nível nacional, temos o nosso companheiro de sempre, que é a CVMóvel, que nos deu oportunidade de fazer isso. Este ano temos pela primeira vez a Câmara Municipal da Praia e um patrocinador na diáspora Vacation in Service, uma empresa de cabo-verdianos nos Estados Unidos da América, que estará presente na gala e vai fazer a entrega de um prémio. Esta é a parte boa e que nos anima 

Este ano, não têm mais patrocinadores?

De assinalar que o prémio Inovação e Empreendedorismo, no valor de 100 mil escudos, vai ser patrocinado pelo Secretário de Estado Adjunto para a Inovação e Formação Profissional, Pedro Lopes. Infelizmente este ano não tivemos a participação do Fundo do Turismo. 

Falando agora dos duetos improváveis. Como é feita a selecção dos artistas? 

É criado um grupo todos os anos. O dueto Elji e Ferro Gaita é do ano passado, mas não conseguimos tê-los por motivo de agenda. Então este ano foi o primeiro que anunciamos. A nossa escolha é com base em quem está a ser ouvido, de quem é que as pessoas mais gostam. Também damos vez aos artistas que não são muito conhecidos. Já tivemos o Sakis di Praia, que foi um êxito na gala, e este ano vamos ter Trakinuz que começou há pouco tempo. Vamos buscar artistas jovens para os misturar ou com artistas da velha guarda ou com aquelas que estão há algum tempo na música. Outros que estão no auge e que é impensável estarem juntos, o Elji e Ferro Gaita é um exemplo disso. Acho que nunca ninguém pensou em ver aqueles dois juntos. A Soraia Ramos e a Blacka também, Tony Fika e Trakinuz não têm nada a ver, espero que seja um dos grandes duetos da gala e normalmente estes tipos de duetos correm sempre bem. Vamos lançar mais um dueto Dino D’Santiago e Bitori Nha Bibinha, que espero vir a ser um momento muito bonito. Quando pensamos em duetos, pensamos em estilos e gerações diferentes.

Porquê na categoria Música os artistas são nomeados juntamente com produtores musicais e compositores? 

No regulamento, na figura da música, não estamos a premiar só os artistas, estamos a premiar a figura do ano na área da música, que podem ser agentes ou compositores. Já tivemos o Hernâni Almeida, que não é cantor, e este ano temos o produtor musical, Gugas Veiga. 

Como é fazer o Somos Cabo Verde?

Não é fácil. Só fazemos o Somos Cabo Verde, porque queremos dar o nosso contributo a Cabo Verde, porque queremos fazer algo sempre bonito e porque queremos levar a marca além-fronteiras. Tem sido cada vez mais difícil porque os patrocínios são cada vez menos. Há cinco anos que temos prejuízos no Somos Cabo Verde, isso faz-nos pensar como é que vamos continuar a fazer. Por outro lado, há pessoas que vêm da diáspora para assistir à gala. Quando as pessoas pensaram que o evento seria em Julho, ligavam para o Hotel Praia-Mar para saber se podiam fazer reserva para virem assistir. É muito confortante saber que o Somos Cabo Verde é uma gala que as pessoas gostam de ver. As pessoas vestem-se a rigor para virem à gala, depois é isto, as mensagens positivas que passamos, a forma com a gala é feita e é nisso que estamos a basear. 

Sei que querem realizar o Somos Cabo Verde na diáspora… 

O nosso sonho era ter feito este ano num país da diáspora e anunciamos isso mas não foi possível. Não vamos fazer nunca nada que ponha em risco a marca Somos Cabo Verde. Não havia condições pelo que voltamos ao formato original e achamos que faz todo o sentido os cinco anos serem em território nacional. Quem sabe, se existirem condições vamos para a diáspora. Temos boas relações com a Holanda, Estados Unidos da América, Portugal e França e sei que gostariam de receber uma edição virada para a diáspora, mas primeiro temos que ter condições. Gostaria de esclarecer uma coisa: a gala é feita na Praia porque os custos são menores e porque não temos condições de fazê-la em outras ilhas. É nosso sonho, mas não há condições. Queremos que o Somos Cabo Verde tenha qualidade e mais visibilidade e o facto de haver cada vez mais pessoas a gostarem é sempre possível melhorar. Há que haver humildade para saber mudar e evoluir 

Quanto às votações, como é que estão a decorrer?

As votações estão a correr muito bem, as pessoas podem votar através de SMS para Homem, Mulher do Ano. Para a categoria Diáspora é só no site. E tem estado cada vez com mais afluência. A diáspora está cada vez mais envolvida no Somos Cabo Verde.

Em relação à vendas dos bilhetes para a gala…

Colocamos os bilhetes à venda no Passafree e está a vender muito bem. Mas sabemos também que as pessoas deixam para comprar os bilhetes na última da hora, portanto, estou tranquila quanto a isso, sei como é a afluência. Todos os anos temos lotação esgotada, temos pessoas à porta a ver se podem comprar bilhetes. Gostaria de referir que o Somos Cabo Verde é um programa de televisão, foi pensado para televisão e é uma inspiração dos Globos de Ouro de Portugal.

Texto originalmente publicado na edição impressa do Expresso das Ilhas nº 932 de 09de Outubro de 2019. 

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Autoria:Dulcina Mendes,13 out 2019 6:10

Editado porAntónio Monteiro  em  30 jun 2020 23:20

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