Num balanço da sua participação do Folio - Festival Literário Internacional de Óbidos, como escritor, o Presidente disse à agência Lusa ter ficado “muito bem impressionado” com o ambiente que encontrou na vila.
“Ver uma vila pequena como Óbidos transformada, de facto, numa cidade da literatura, de livros e de cultura” foi para o chefe de Estado “uma experiência singular, ímpar, afirmou, salientando aspectos como “uma biblioteca conserveira, uma igreja transformada em livrarias ou os hotéis literários” que teve oportunidade de conhecer.
Um exemplo que Jorge Carlos Fonseca admitiu gostar de ver replicado nos dois festivais literários de Cabo Verde: o Festival de Literatura-Mundo do Sal e o Festival Literário Morabeza.
Para além de “intercâmbios e troca de experiências” entre os festivais, Jorge Carlos Fonseca admitiu a vontade de “fazer um pouco no Sal [ilha cabo-verdiana]” o que viu em Óbidos.
O Presidente da República fez a intervenção de abertura do Folio onde, durante três dias, participou em mesas de escritores e sessões de declamação de poesia de alguns dos seus livros.
O Folio decorre na vila até ao próximo dia 20, com mais de 210 iniciativas, distribuídas por 450 horas de programação em torno da literatura.
Sob o tema “O Tempo e o Medo” mais de meio milhar de convidados de quatro continentes participam em 16 mesas de escritores, 12 exposições e 13 concertos que integram a programação.
Organizado em cinco capítulos (Autores, Folia, Educa, Ilustra e Folio Mais) o festival teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários, sendo desde então custeado pela autarquia e por parceiros institucionais.