De acordo com a decisão, publicada no Boletim Oficial de quarta-feira, Frederico Hopffer Almada, mais conhecido por “Nhonhô”, na sua vida, projectou, desenhou, criou, compôs, cantou, e assim, contribuiu grandemente para o enriquecimento da cultura.
“Damos continuidade, portanto, às mais diversas homenagens que os cabo-verdianos residentes e na diáspora sempre souberam prestar ao artista”, lê-se no documento.
O Governo considera que Nhonhô Hopffer, pelo seu apego à defesa da música tradicional, é um cantor das tradições e dos grandes compositores da música cabo-verdiana, cantando o amor profundo à sua terra, o amor pelas filhas, o amor às mulheres, o quotidiano, a saudade e as perdas.
Nhonhô Hopffer, nascido a 18 de Maio de 1956, é natural do concelho de Santa Catarina, tendo começado a vida musical por volta dos 15 anos de idade na cidade da Praia, onde prosseguiu os estudos secundários no Liceu Domingos Ramos, cantando em noites musicais, tocatinas, serenatas e noutros espaços marcados pelo convívio.
Enquanto arquitecto elaborou emblemáticos projectos de arquitectura no país, tais como os Paços do Concelho de Santa Catarina de Santiago, a sede da Caixa Económica de Cabo Verde, o edifício Banco Comercial do Atlântico em Chã d’Areia e o edifício Pombal na Fazenda, assinando os seus projectos por Nhonhô Hopffer Almada.
Por fim, o Executivo expressa o agradecimento e reconhecimento, ao homem gentil e afável, de sorriso fácil e humilde” que tanto deu à sua terra, e pelo seu contributo na cena musical nacional.