A constatação foi feita durante o webinário para reflectir os impactos da covid-19 no sector, organizado pela Associação de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde (ACACV).
Segundo, o cineasta, que reside actualmente na cidade da Praia, o confinamento adveniente da covid-19 veio proliferar o hábito de ver filmes através das plataformas digitais e mudar a forma de fazer cinema.
Joel Zito Araújo apontou, por isso, que os cineastas de todo mundo, incluindo os dos países de lusófonos, têm que potencializar as produções locais para que sejam assistidos pelos jovens através das plataformas digitais.
No caso de Cabo Verde, o cineasta defendeu que o país tem que tirar vantagem com produções culturais locais através de implementações políticas direccionadas para a produção de filmes para as plataformas digitais.
Apontou, contudo, que este período de paragem na produção cinematográfica, imposta pela pandemia, deve servir para os cineastas trabalharem a nível de planeamento e gestão de roteiros.
Participam nestes debates, que decorrem até 05 Novembro, profissionais do sector de Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Açores, Canárias, Madeira, Brasil, Cuba e Estados Unidos e a intenção no final é estreitar laços com as entidades ligadas ao sector desses países.