Durante um encontro que aconteceu quarta-feira, entre o presidente IPC, Hamilton Jair Fernandes, e o director geral das Comunidades, Martinho Ramos, foi destacado o contributo da emigração para o desenvolvimento económico do país, o que constitui, hoje, um “elemento fundamental” da preservação e valorização da identidade cultural cabo-verdiana.
Os dois responsáveis defenderam que o “Museu da Emigração”, cuja apresentação pública aconteceu em 2020, e que contou também com a participação das organizações e investigadores da diáspora, vai ser um espaço de exaltação do percurso histórico da emigração cabo-verdiana.
O IPC explica ainda, em nota de imprensa, que a criação deste museu visa, por outro lado, enfatizar a riqueza factual, as motivações, as lutas, os sacrifícios, bem como os marcos internacionalmente reconhecidos, histórias de pessoas e colectivas que se misturam na construção e afirmação de Cabo Verde nas ilhas e além-fronteiras.
“Será um espaço construído com a diáspora e para a diáspora na expectativa do contributo que poderá prestar a nova geração nas novas dinâmicas migratórias, no diálogo pela paz e pela intercultural entre os povos do mundo. Igualmente, será um centro de convergência e vivências de fluxo de conhecimentos entre as nossas comunidades espalhadas pelo mundo”, refere.
Durante o encontro, as duas instituições discutiram a necessidade do envolvimento das embaixadas, dos centros culturais, das associações dos emigrantes cabo-verdianos na diáspora e não só, na implementação do projecto,
O projecto enquadra-se na projecção dos novos espaços museológicos de Cabo Verde, no horizonte 2030, que assenta na criação dos espaços que representem o país nas suas diferentes dimensões.