“Mau Menino”, segundo uma nota da produtora Harmonia Lda., é um tema que a cantora fez em colaboração com o artista português, Jimmy P. Este tema chegará hoje a todas as plataformas de streaming, acompanhado por um videoclipe oficial que já está disponível no canal de Youtube da artista.
Elida Almeida, uma das maiores vozes da actualidade cabo-verdiana, encontra-se em fase de finalização do novo trabalho de estúdio, que estará no mercado no final de Outubro deste ano.
Conforme a mesma fonte, a escolha do nome “Mulata” não é inocente. Pretende espelhar precisamente a mistura que este disco apresenta, o encontro de etnias e de diferentes culturas bem patente em cada faixa. Como diz a própria, "vamos ter um bocadinho do mundo dentro do Mulata”.
Já “Mau menino” o tema que dá o pontapé de saída para este novo álbum, é uma canção a duas vozes, onde Élida Almeida se aventura também em português e desafia Jimmy P a sair da sua zona de conforto.
O resultado é um dueto brilhante, profundo e emotivo, que aborda uma relação falhada entre duas pessoas, uma que deu tudo, outra que não soube valorizar. Para a artista,quando escrevi esta música achei que encaixava na perfeição com o Jimmy P. Adoro aquele rap mais slow do Jimmy e achei pensei que casaria muito bem com este tema, desafiei-o ele gostou da música, e para mim foi um orgulho partilhá-la com ele”.
Já para Jimmy P “A Elida é uma das vozes, se não, a melhor voz da lusofonia da nossa geração. Um dueto que me levou para fora da minha zona de conforto, onde me senti muito confortável e do qual gostei muito de fazer parte”.
“Um álbum do mundo e para o mundo”, é assim que Élida Almeida define este novo trabalho, que será revelado ainda este ano.
"Conhecida pela maturidade, talento e generosidade da sua escrita e interpretação, Elida Almeida deu-se a conhecer ao mundo em 2014, depois do produtor José da Silva, responsável pela editora discográfica Lusoafrica, casa de nomes grandes da música de Cabo Verde, como Cesária Évora e Mário Lúcio, a descobrir pelos bares da Praia e perceber rapidamente que as suas histórias eram demasiado importantes para não serem ouvidas pelo mundo. Daí até ao estúdio foi um processo de descoberta, onde Élida Almeida precisou de ultrapassar o medo e passar os seus dramas para as melodias", explica.
O seu primeiro disco “Ora doci ora margos” foi um sucesso imediato e graças a ele as suas palavras chegam à vida de muitos jovens cabo-verdianos, garantindo-lhe o lugar da “voz da nova geração”. Um feito improvável para uma jovem que aprendeu a cantar numa igreja e que chegou a animar uma emissão de correio sentimental numa pequena rádio da ilha de Maio. Ao registo de estreia sucedem-se mais dois álbuns de originais: “Kebrada” (2017) e “Gerasonobu” (2020).