A informação foi confirmada à Inforpress pelo presidente da autarquia mindelense, Augusto Neves, que, no entanto, sublinhou que a retoma das actividades culturais será feita “sempre em diálogo e ouvindo as recomendações” das autoridades sanitárias, já que a pandemia “ainda não acabou”.
“Obviamente que a retoma não será com a força de anos anteriores, mas será uma forma de iniciar, e vamos conversar com os organizadores do Kavala Fresk Feastival, que é realizado no mês de Julho, do Summer Jazz e com a Liga Independente dos Grupos Oficiais do Carnaval de São Vicente (LIGOC – SV)”, anunciou a mesma fonte.
Com a LICOG-SV, a ideia da autarquia é aquilatar a possibilidade de se organizar ainda o Carnaval de Verão, “o que vai depender muito deles e da forma como estão organizados”, reforçou.
Sobre a edição 2022 do Festival da Baía das Gatas, a ideia, segundo Neves, é retomar “com a normalidade possível”, já que, este ano, não será como nos anos anteriores, com convites a grupos estrangeiros.
“Mas vamos contar com grupos de cabo-verdianos na Diáspora, e artistas com os quais temos um compromisso, que vem do final tradicional baile de fim-de-ano na Rua d’Lisboa de 2019, entretanto cancelado devido à pandemia, entre eles Djodje, Calema e outros”, concretizou o autarca.
Da mesma forma, a câmara vai retomar as festas de São João, na Ribeira de Julião, com um grupo nacional da Diáspora, e as restantes as festas de romaria, assegurou.
Augusto Neves reconheceu que a autarquia, neste momento, passa por “alguma dificuldade financeira”, mas que tem contactado empresas e parceiros que, “dado à confiança”, já disponibilizaram “alguns patrocínios”.
“Vamos seguir nesta linha a ver se outras empresas se juntem à câmara para fazermos as actividades habituais, mas tudo faremos para que a nossa agenda cultural seja cumprida e seja uma retoma boa”, disse Augusto Neves, sempre em diálogo, vincou, as autoridades sanitárias.
É que, segundo a mesma fonte, os próximos anos vão ser “especiais para São Vicente”, sendo hoje “unânime reconhecer a importância das actividades culturais” para a ilha, que têm tido o condão de arrastar outros investimentos, exemplificando os seis hotéis em construção.
“Peço à população, ao governante e a todos que acreditemos na nossa potencialidade cultural, na nossa identidade, porque São Vicente tem a sua riqueza no homem e na cultura, e se conseguirmos aproveitá-la ao máximo de certeza que as famílias conseguirão viver melhor e melhoramos consideravelmente a qualidade de vida na ilha”, finalizou o presidente da câmara de São Vicente.