Segundo a produtora Harmonia, este EP foi esboçado durante o confinamento e possui um repertório “tradicional/moderno”, que passa pela morna, coladeira ou semba, traz seis composições inéditas de Hernany Almeida e Noel Almeida.
Além disso, traz temas da própria cantora, que admite sentir-se mais confiante em afirmar-se autora neste novo trabalho de sonoridade muito própria.
A mesma fonte explicou que toda a composição artística, está intrinsecamente ligada ao quotidiano cabo-verdiano, baseada em histórias, não se desviando do requinte a que Jenifer já habituou o seu público.
Conforme a Harmonia, com “Tanha” Jenifer Solidade marca uma época de maior amadurecimento na sua carreira enquanto cantora, revelando a sedimentada cumplicidade musical com Hernany Almeida.
“Após um período sem concertos, com tempo e tantos motivos inspirativos à criação, deixando tudo em banho maria, trabalhando à distância, com as dificuldades em geral a tornarem-se gritantes face às necessidades do dia-a-dia, havia o forte apelo a ficar em casa, Jenifer Solidade vagueou pelo seu personagem Jack, como estaria confinado sem conseguir fazer a vida normal ... como reagiria a esposa à sua permanência em casa, uma vez que o havia expulsado... Assim nasceu o tema “Tanha” que dá nome ao EP”, sublinha.
Para a produtora, “Tanha”, surpreenderá também pelas fortes mensagens contidas, é ao longo de seis temas o desabrochar de musicalidade, vastidão e calmaria necessárias à profunda reflexão assente na mudança, e nela, a esperança em um melhor futuro.
E um dos temas do EP é “Ginga da Boa” que foi escolhido para vídeoclipe e que Jenifer dedica ao povo de Angola "que de sempre a recebeu e acarinhou e ao qual aqui presta homenagem com o ritmo do Semba a desafiar à dança, no balanço do género mais representativo da tradição musical angolana".