Ilhas africanas de língua portuguesa reavivam literatura infanto-juvenil

PorExpresso das Ilhas, Lusa,30 set 2022 8:30

Um projecto coordenado pela organização não-governamental portuguesa Associação Marquês de Valle Flor está a reforçar a literatura infanto-juvenil com produção local e emprego cultural criativo em ilhas de quatro Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

O projecto "Ilhas e encantamentos", em curso desde Janeiro de 2022 e que se vai desenvolver em Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe até Junho de 2024, prevê abranger directamente 45.643 crianças e jovens em idade escolar, 756 jovens adultos, 1.576 professores e 490 artesãos.

Além da coordenação da organização não-governamental portuguesa, o projecto, que envolve quatro associações locais e um território alvo com uma população total (nos quatro países) de 307.968 pessoas, foi hoje apresentado na Cidade Velha, Cabo Verde, e os promotores explicam-no com as "situações de insularidade" em cada um dos países, que "limitam o acesso a produtos e serviços".

"Nomeadamente livros e outros materiais didácticos e lúdicos infanto-juvenis, assim como a oportunidade de geração de renda, em particular de famílias/mulheres e jovens, que abandonam as suas comunidades em busca de melhores condições de vida, perdendo-se património local material, imaterial e natural único, com um conjunto de estórias ligadas ao saber e saber-fazer, e traços da identidade cultural", explicam os promotores do "Ilhas e encantamentos", numa informação enviada à agência Lusa.

Financiado em 485.105 euros por fundos comunitários através do programa Procultura -- Promoção do Emprego nas Actividades Geradoras de Rendimento no Sector Cultural dos PALOP e Timor-Leste, envolve ainda o instituto Camões.

O objectivo do "Ilhas e encantamentos", acrescentam, é contribuir para a criação de emprego sustentável "através da produção, publicação, divulgação e comercialização de literatura infanto-juvenil", bem como "mobilizar o poder criativo e educativo do património, em suportes diversificados e apelativos de literatura infanto-juvenil".

"Através da produção de literatura infanto-juvenil acessível a comunidades isoladas, que será divulgada internacionalmente através de uma plataforma digital e com a capacitação e formação de jovens", mas também através de "outros sectores da sociedade (60% mulheres) sobre novas opções de trabalho criativo e patrimonial".

O projecto está a ser implementado em parceria com a Sphaera Mundi (Cabo Verde), Artissal (Guiné-Bissau), Gabinete de Conservação da Ilha de Moçambique (Ilha de Moçambique) e Casa da Cultura (S. Tomé e Príncipe).

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Autoria:Expresso das Ilhas, Lusa,30 set 2022 8:30

Editado porAndre Amaral  em  1 out 2022 7:59

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